Para combater inflação, Venezuela vai cortar seis zeros da sua moeda

O Banco Central da Venezuela (BCV) anunciou que, a partir de outubro, seis zeros serão cortados do bolívar, a moeda do país. O intuito é conter o crescimento da inflação dos últimos anos e estabilizar a economia nacional.

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Outra novidade advinda com a reconversão monetária, que já é a terceira em 15 anos, é a implantação do bolívar digital, que nada mais é do que a versão digital da moeda nacional, sem modelo físico, emitida pelo Banco Central do país.

As novas diretrizes anunciadas pelas autoridades venezuelanas nesta quinta-feira, 5, entrarão em vigor a partir do dia 1º de outubro.

“A partir de 1º de outubro de 2021, o bolívar digital entrará em vigor, aplicando-se uma escala monetária que retira seis zeros à moeda nacional. Ou seja, todos os valores monetários e tudo expresso em moeda nacional serão divididos por um milhão (1.000.000)”, informa o comunicado do BCV, apresentado pelo ministro da Comunicação, Freddy Ñáñez.

Durante o lançamento da moeda digital, também começarão a circular as novas notas impressas, com valores de 5, 10, 20, 50 e 100 bolívares, além de uma moeda de 1 bolívar.

De acordo com o comunicado do BCV, a introdução do bolívar digital não vai afetar o valor da moeda física, que não valerá mais ou menos. A ideia é apenas facilitar seu uso em uma escala monetária mais simples.

Os anúncios já eram aguardados por especialistas, principalmente devido à espiral inflacionária na qual o país fechou em 2020, com 2.959,8% da inflação acumulada, e em 2019, com 9.585,5%. Além disso, a decisão busca oportunizar o uso do bolívar que, entre janeiro e maio, foi atingido por uma inflação acumulada de 264,8%.