É oficial: Banco Central eleva Selic para 6,25% ao ano; Quais os impactos?

O Comitê de Política Monetária (Copom) atualizou pela quinta vez consecutiva o percentual da taxa básica de juros, a Selic. Agora, ela passa de 5,25% para 6,25% ao ano, seu maior patamar desde julho de 2019 – prazo de um pouco mais de dois anos. A decisão foi divulgada nesta quarta-feira, 22.

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Economistas dos principais bancos do país estimam que a alta na taxa não deve parar por aí, e que nos próximos meses a Selic pode atingir 8,25%, no fechamento do ano de 2021.

O Banco Central (BC) prega que o aumento é feito para cortar a propagação do aumento nos preços, com metas que ajudem a reduzir os níveis da inflação.

Geralmente, quando a inflação chega a patamares muito altos, o BC eleva a Selic. Por outro lado, o órgão também a reduz quando as estimativas para as escaladas nos preços  estão em conformidade com as metas predeterminadas.

O que muda com a alta dos juros?

O aumento na taxa básica de juros promove diversos reflexos na economia. Confira alguns deles a seguir:

• a elevação da Selic resulta em taxas bancárias mais elevadas, sendo o maior impacto na linha de crédito para a aquisição da casa própria.
• a escalada também impacta negativamente o consumo da população e os investimentos produtivos, bem como o Produto Interno Bruto (PIB), os níveis de emprego e renda.
• aplicações financeiras em renda fixa, como a caderneta de poupança, por exemplo, tendem a render mais com o aumento da Selic. Agora, ela passará a render 4,37% ao ano (anteriormente o percentual era de cerca de 3,68% ao ano). O mesmo vale para rendimentos em CDI, que utilizam quase 100% da Selic para aplicar suas remunerações.
• o aumento gera uma despesa adicional com juros da dívida pública, que pode chegar a R$ 140 bilhões se mantida em 12 meses.