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Exterior em recuperação, Fed e Selic influem no Ibovespa dessa quarta

Mercados reagem bem ao anúncio do governo chinês, de intervenção na Evergrande

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Crédito: CNN Brasil

Uma vez passado o surto global de aversão ao risco, pelo menos por enquanto, depois que o governo de Pequim sinalizou a possibilidade de intervir na pré-falida incorporadora Evergrande Group (segunda maior do país), as bolsas mundiais ensaiam recuperação consistente, nesta quarta-feira (22), quando todas as atenções se voltam para o posicionamento do Federal Reserve (Fed), quanto ao ritmo de retirada dos US$ 120 bilhões/mês injetados na economia ianque, questão que deve dominar a entrevista coletiva, às 15h30 (horário de Brasília), do presidente da instituição, Jerome Powell.

Alta da Selic – Pelo lado de cá, é a hora do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), ao cabo de sua reunião de dois dias, confirmar ou não a expectativa predominante no mercado, de uma elevação de um ponto percentual da taxa básica de juros (Selic), que passaria a 6,25% ao ano, avanço justificado pelo combate à inflação, mas que, na ponta, deprime o investimento na economia.

Solução conjunta – Também influem positivamente nos negócios pátrios as declarações dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), de que pretendem encontrar uma solução conjunta para o pagamento dos precatórios, assim como identificar a forma de financiamento do programa social-eleitoral Auxílio Brasil, ex-Bolsa Família, tudo de acordo com o teto de gastos. Quem viver, verá.

Limitação de despesa – Na véspera, além de instalar, na manhã dessa quarta (22) uma comissão especial – com direito à eleição do presidente e designação do relator – para análise da respectiva PEC dos Precatórios, Lira teria celebrado acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, pelo qual seria estabelecido limite para o crescimento desse tipo de despesa, de forma a alinhá-la à regra de ouro, do teto de gastos.

Margem estreita – Pelo combinado, a PEC deverá incluir, como regra, o pagamento, no ano que vem, de R$ 40 bilhões em precatórios, a partir de 2016, ano que serve de referência para a atualização dessa despesa, conforme o teto mencionado. Diferente da proposta federal – de parcelamento dos títulos de maior valor em até dez vezes – a nova mudança disponibilizaria R$ 50 bilhões do orçamento, ao governo, que trabalhava com uma margem mais estreita, de R$ 33,5 bilhões.

Terceiro texto – Enquanto o imbróglio dos precatórios parece avançar, a reforma administrativa enfrenta entraves, como a prorrogação de sua reunião, de ontem (21), para hoje ou quinta-feira (23), adiamento estratégico para que o relator da proposta, Arthur Oliveira Maia (DEM-BA), tenha mais tempo de elaborar um parecer – na verdade, o terceiro, após a rejeição dos dois primeiros pelos parlamentares – com mais chances de aprovação. Entre os pontos controversos, aqueles que tratam da contratação temporária e de cooperação com o setor privado.

Pequim intervém – Voltando ao cenário internacional, essa quarta (22) registra avanço dos índices futuros americanos e das bolsas europeias, por conta das declarações do governo chinês, de que uma das unidades da Evergrande, a Hengda, fará o pagamento de seus títulos, naquele mercado asiático, após acordo negociado com seus detentores.

Reestruturação à vista – De acordo com fontes próximas ao governo, ouvidas pelo site especializado em mercados asiáticos asiaMARKETS, o acordo para reestruturação da Evergrande, no momento preparado pelo Partido Comunista Chinês, deve ser anunciado nos próximos dias. Também nessa quarta, como medida para injetar mais liquidez ao mercado financeiro do país, o Banco Popular da China reforçou a compra de títulos de curto prazo de instituições comerciais.

Juros mantidos – Outra medida governamental foi a de manter, em 3,85%, a taxa referencial de juros sobre os empréstimos, com vencimento em um ano e a com vencimento em cinco anos, mantida em 4,65%, patamares que estariam alinhados à expectativa do mercado.

Sessão volátil – Depois de encarar uma sessão volátil, o Shanghai composto fechou em alta de 0,4%, antes de chegar ao pico de 1%. Com feriados simultâneos, as bolsas de Hong Kong e da Coreia do Sul não operaram.

Otimismo nipônico – No Japão, o índice Nikkei caiu 0,67%, após o banco central do país ter apresentado um quadro adverso das exportações japonesas, sem contar o impacto negativo do ‘gargalo de ofertas’ sobre a produção industrial. Ainda assim, as autoridades nipônicas continuam ‘otimistas’ em relação à recuperação da economia mundial. No ‘velho continente’, o índice Stoxx 600 (composto pelas ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 países europeus), subiu 0,8%, até cair a 0,5%.

Principais indicadores

Estados Unidos

*Dow Jones Futuro (EUA), +0,48%
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,45%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,26%

Europa

*FTSE 100 (Reino Unido), +1,07%
*Dax (Alemanha), +0,49%
*CAC 40 (França), +1,08%
*FTSE MIB (Itália), +0,49%

Ásia

*Nikkei (Japão), -0,67% (fechado)
*Shanghai SE (China), +0,40% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), +0,51% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), (não abriu)

Commodities e Bitcoin

*Petróleo WTI, +1,07%, a US$ 71,04 o barril
*Petróleo Brent, +1,11%, a US$ 74,74 o barril
*Bitcoin, +1,76% a US$ 42.370,27
*Sobre o minério: **O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian fechou em alta de 3,7%, a 668,5 yuan por tonelada, ou US$ 103,38
USD/CNY = 6,47

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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