Preços de arroba batem recorde no Brasil

Nesta semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou um crescimento de 1,5% do rebanho bovino em 2020, chegando a 218,2 milhões de cabeças, após dois anos seguidos de queda.

Tradicionalmente, o Brasil possui o maior rebanho bovino comercial do mundo, e a criação dos animais tende a aumentar devido à alta no preço do boi gordo, do bezerro e do crescimento nas exportações de carne.

De acordo com a supervisora da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) do IBGE, Mariana Oliveira, “havíamos passado por um período de abate de fêmeas gerando uma redução no número de animais e bezerros, e isso fez com que o preço da arroba subisse”.

“Hoje estamos num cenário de retenção de fêmeas, que, em vez de irem para o abate, são utilizadas para gerar novos animais, recompondo o rebanho”, acrescentou.

Neste ano, no Brasil, os preços da arrobara bateram recordes acima de 320 reais, e nas principais praças estão sendo negociados por volta de 295 reais.

Segundo dados do IBGE, o Centro-Oeste responde por 75,4 milhões de cabeças de gado, cerca de 34,6% do total. A região Norte vem logo em seguida, com uma alta anual de 5,5%, chegando a somar 52,4 milhões de cabeças.

Mato Grosso, Goiás e Pará, ocuparam as três posições de maior rebanho de bovinos no Brasil, com 32,7 milhões, 23,6 milhões e 22,3 milhões de cabeças de gado, respectivamente.

Já o estado de Minas Gerais ocupou o quarto lugar, totalizando 22,2 milhões de cabeças, com uma alta anual de 6,6%.

Além disso, em 2020 a produção nacional de leite teve uma alta de 1,5% em relação a 2019, chegando a 35,4 bilhões de litros.