Economia
Renda Brasil deverá mirar no andar de cima para reforçar o andar de baixo, informa Guedes
Presidente Jair Bolsonaro orientou o ministro da Economia, Paulo Guedes, a estudar a proposta do programa por mais tempo.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira que o Renda Brasil será estudado por mais tempo e deverá mirar no andar de cima para reforçar o andar de baixo, conforme pedido feito pelo presidente Jair Bolsonaro. O programa está sendo analisado para reunir programas sociais numa só iniciativa.
Guedes também afirmou que o o Renda Brasil terá mais tempo para ser preparado com extensão do auxílio emergencial.
“O presidente falou: melhor estudar isso um pouco mais, eu estou sentindo que eu estou pegando dinheiro do abono salarial, que é de faixa de um a dois salários mínimos, e transferindo isso para os mais pobres ainda”, disse.
Guedes disse ter pontuado a Bolsonaro que a ideia com a focalização do abono era consolidar todos os programas.
“Mas nós vamos pegar também dinheiro do andar de cima, vamos pegar do andar do lado”, continuou. “Então deixa um pouco para frente, trabalhem isso um pouco mais e a gente conversa de novo ali na frente, foi a opção do presidente.”
O ministro também afirmou que a regra do teto de gastos como a única âncora fiscal que restou em um país que tem todas as despesas obrigatórias indexadas e vinculadas. Para ele, quando uma emenda constitucional promover essa desvinculação – como proposto pelo governo PEC do Pacto Federativo – o teto dentro de alguns anos se tornará supérfluo, com os políticos retomando o controle sobre o orçamento.
“Criação do teto de gastos foi justamente um grito desesperado. Como os gastos cresciam sem parar, alguém chegou um dia e falou bota um teto. Só que um teto sem paredes cai, as paredes são as reformas para sustentar aquele teto, é o nosso esforço”, afirmou.
Ainda de acordo com o ministro, além da compressão pelo teto, há o agravante que o governo também vive um aumento do piso, uma vez que as determinações constitucionais fazem as despesas obrigatórias crescerem.
“Ou vai quebrar o teto em algum momento ou nós vamos travar esse piso. A PEC do Pacto Federativo é essa trava no piso”, concluiu.
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