Por que a taxa da Selic é tão comentada? Como ela impacta nas nossas vidas?

A data é 27 de outubro de 2021 e o Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia que a Selic – taxa básica de juros da economia – subiu 1,5%, chegando a marca de 7,75% ao ano. O reajuste tem como justificativa a alta da inflação, que só em setembro deste ano subiu 1,16%.

Leia mais: Copom eleva Selic em 1,5 ponto, para 7,75% ao ano

O brasileiro está sentindo no bolso os efeitos inflacionários, com a comida, combustível, gás, luz e outros itens do dia a dia cada vez mais caros. Para conter essa escalada nos preços, o Copom do Banco Central (BC) decidiu aumentar a taxa básica de juros.

Esse já é o sexto aumento consecutivo da Selic desde março desse ano, mas ele não deve ser o último. Isso porque a taxa básica é definida a cada 45 dias. Ou seja, ainda haverá mais uma subida em 2021, prevista para acontecer entre os dias 7 e 8 de dezembro.

Quais os impactos da Selic nas nossas vidas?

O aumento da Selic vai impactar principalmente os brasileiros que tentarem acessar linhas de crédito. Isso vale tanto para pessoas físicas quanto jurídicas. Sendo assim, quem está pensando em pegar um empréstimo ou começar um financiamento, por exemplo, vai pagar mais caro pelo dinheiro tomado.

Além disso, a alta dos juros é ruim para quem está buscando emprego, pois sem recursos para investir, as empresas retraem nas contratações. O dono de uma fábrica que ia pegar dinheiro emprestado para expandir seu negócio, por exemplo, pensará duas vezes diante dos preços cobrados nos acordos junto aos bancos e instituições financeiras.

Mas nem tudo é só ponto negativo. O aumento dos juros é bom para quem investe em renda fixa atrelada ao CDI. Os investimentos, nesse caso, passam a valer mais, como no caso de quem possui recursos no Tesouro, fundos, CDBs e até mesmo na poupança.