Bolsonaro afirma que retirou cerca de 6 mil radares das rodovias

Na última quinta-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse o número de radares diminuiu. De acordo com ele, foram retirados quase 6 mil radares das rodovias federais. Antigamente, havia quase 8 mil equipamentos, hoje o número é de 2 mil, de acordo com o presidente.

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Vale salientar que a live de Bolsonaro foi retirada do ar pelo Facebook. O motivo foi ele dizer que a vacina contra Covid-19 estava relacionada com o vírus HIV.

Arrecadação

Com a redução de radares de velocidades nas rodovias a arrecadação com multas caiu. Em 2018, foram contabilizados quase R$ 936 milhões em multas por radar. Já em 2020, o valor total arrecadado ficou em torno de R$ 340 milhões. Ou seja, a arrecadação caiu para menos da metade.

De acordo com o presidente, os números estão baseados em dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). A própria secretaria confirma que em 2018 eram monitoradas quase 8 mil faixas de tráfego. Todos esses pontos de fiscalização estavam em rodovias nacionais/território nacional.

Fiscalização móvel

Apesar dos equipamentos físicos terem sido retirados, ainda existe outro modo de fiscalizar velocidade. Os radares portáteis são geralmente carregados por policiais rodoviários e podem ser colocados em tripés.

Contudo, com as alterações atuais, é preciso efetuar fiscalização apenas em pontos de risco. Ou seja, para utilizar o equipamento, deve ser feito um planejamento operacional. Os locais devem ter histórico de acidentes e recorrente inobservância dos limites de velocidade.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) deve mapear e divulgar em seu portal digital os trechos fiscalizados. A organização conseguiu selecionar 904 trechos em todo o país. Destes, 176 são trechos urbanos, enquanto 728 são rurais.

Confira quais os estados com mais trechos de fiscalização:

Minas Gerais: 81 trechos;

Santa Catarina: 79 trechos;

Bahia: 69 trechos;

Rio de Janeiro: 57;

São Paulo: 46.

Reflexos

Em 2019 os radares começaram a ser desligados. Naquele mesmo ano, as mortes por acidentes aumentaram 15% em rodovias federais. As multas por excesso de velocidade regrediram de 2.3 milhões.