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IPCA-15 de dois dígitos; MP de Auxílio Brasil e precatórios pautam Ibovespa da quinta
Prévia confirma tendência altista dos preços; Câmara aprecia programa social eleitoreiro e matéria fiscal sofre mudanças
Numa sessão parcialmente esvaziada pelo feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, a principal repercussão da sessão dessa quinta-feira (25), na bolsa brasileira, fica por conta do avanço de 1,17% do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) – prévia da inflação oficial – em novembro, se comparado a outubro último, conforme divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Pressão sobre o BC – Se anualizado, o IPCA-15 soma 9,57% no ano e 10,73%, nos últimos 12 meses, resultado que reforça a tendência altista da carestia e joga mais pressão sobre o Banco Central (BC) para dispor de alternativas para debelem a escalada inflacionária, que não se limitem ao mero reajuste da Selic (taxa básica de juros) que, ao apontar dois dígitos, no final de 2021, derruba o ímpeto da retomada econômica.
Setor externo – No paralelo, o BC divulga os números do setor externo, como o investimento estrangeiro direto no país (previsão de US$ 50 bilhões este ano), e aqueles relativos às transações correntes. Ainda pela manhã, o Conselho Monetário Nacional (CMN) faz sua reunião.
INCC em 14,69% – Também em pauta, a alta de 0,71% do INCC-M (Índice Nacional de Custos da Construção) em novembro último – divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) – pouco abaixo do avanço de 0,80% registrado no mês anterior, recuando de 15,35% para 14,69%, no acumulado em 12 meses.
Petrobras investe mais – No mundo corporativo, o destaque da sessão gira em torno do anúncio, pela Petrobras (PETR3, PETR4), da ampliação, em 24% (US$ 68 bilhões) do montante de investimentos projetado pela petroleira até 2026.
Relator recua – Na agenda do Congresso, após novo adiamento na apreciação da PEC dos Precatórios, no Senado, ganha primeiro plano a votação da Medida Provisória (MP) que institui o Auxílio Brasil, cujo destino é incerto, pois o relator da matéria, deputado Marcelo Aro (Progressistas-MG) teve de retirar do texto a parte que previa reajuste anual – com base na inflação do período – dos benefícios do programa social.
Posição irredutível – A decisão foi tomada após o presidente da Câmara, Arthur Lira (do mesmo partido de Aro, mas de Alagoas), se mostrar irredutível quanto à retirada do dispositivo de correção dos benefícios, proposta na versão original da MP. Ainda assim, o relator conseguiu manter no texto a exigência de que o governo ‘não coloque na fila’ quem tem direito ao benefício, que passa a ter garantia de que irá recebê-lo.
Critérios ampliados – Outra novidade seria a ampliação dos critérios de acesso das famílias ao programa per capita (por pessoa) ao programa. Aro também conseguiu elevar os valores de referência no relatório em que a linha de extrema pobreza passa de R$ 100 a R$ 105, e da pobreza, de R$ 200 para R$ 210. De acordo com o calendário legislativo, a MP terá de ser votada na Câmara e no Senado até o dia 7 de dezembro, quando então, perde validade.
Data mantida – Após o pedido de vistas feito pelo relator e líder do governo, Fernando Bezerra (MDB-PE), a previsão é de que a PEC dos Precatórios deva ir à votação pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado no próximo dia 30.
Benefício permanente – Entre as mudanças, a transformação em caráter permanente do Auxílio Brasil, com o benefício já fixado em R$ 400 reais, além da abertura de uma folga orçamentária de R$ 100 bilhões que, além de financiar as despesas de novo programa social, deverá cobrir gastos previdenciários e atender dispositivos constitucionais ligados às áreas de Educação e Saúde.
Marco questionado – A treta judiciária do dia fica por conta do julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), das ações que questionam o Marco Legal do Saneamento (em vigência desde julho de 2020), que colocou em lados opostos, o governo federal e a Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon), que pede a rejeição das ações previstas na lei.
Europa no ‘azul’ – No front externo, o índice europeu Stoxx 600 – composto pelas ações das 600 maiores empresas de 17 setores econômicos do ‘velho continente’ – avançava nessa quinta (25) 0,5%, ‘puxado’ pelas ações do setor de tecnologia, em contraponto ao desempenho negativo das
Ásia mista – Com resultados mistos, para variar, as bolsas asiáticas refletem à decisão do Banco da Coreia do Sul, de elevar para 1% (alta de 0,25 ponto percentual) sua taxa de juros, a 1%, medida já esperada pelo mercado local, em razão dos sinais de recuperação da economia sul-coreana.
Minério avança – Na área das commodities, enquanto o barril de petróleo tipo Brent exibe alta, o tipo WTI acusa queda. Em contrapartida, os preços do minério de ferro negociado na Bolsa de Dalian (China) seguem em alta.
Principais indicadores
Ásia
Nikkei (Japão), +0,67% (fechado).
Shanghai SE (China), -0,24% (fechado).
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,22% (fechado).
Kospi (Coreia do Sul), -0,47% (fechado).
Europa
FTSE 100 (Reino Unido), +0,15%.
Dax (Alemanha), +0,4%
CAC 40 (França), +0,29%.
FTSE MIB (Itália), +0,39%.
Commodities
Petróleo WTI, -0,33%, a US$ 78,13 o barril.
Petróleo Brent, -0,22%, a US$ 82,03 o barril.
Minério de ferro (contratos futuros bolsa de Dalian): +1,83%, a 611,5 iuanes = US$ 95,72. (USD/CNY = 6,39).
Bitcoin, +1,21% a US$ 57
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