Ações, Units e ETF's
Exterior indefinido; PIB ianque positivo e déficit comercial brasileiro pautam Ibovespa de quarta
Bolsas mundiais operam sem viés, baixa liquidez e voláteis; economia dos EUA avança e balança recua US$ 2,5 bi
Já refletindo a baixa liquidez característica dessa época do ano, as bolsas mundiais operam, em sua maioria, sem viés definido, com alternância de altas e baixas, caso da Europa (mista) e dos EUA (negativo), ao mesmo tempo em que, na Ásia, os mercados fecharam no azul, otimistas quanto à retomada econômica mundial, a despeito do temor com relação ao avanço da variante laboratorial ômicron. Embora curto, esse período, apontam analistas, pode, tanto amenizar o ‘ímpeto de risco’, quanto dar margem a alguma volatilidade.
Futuros dos EUA em queda – No início da sessão dessa quarta (22), todos os índices futuros ianques registravam queda (Dow Jones, -0,13%; S&P 500, -0,22%; Nasdaq, -0,39%), em que pesem os esforços do presidente ianque, Joe Biden, de ‘salvar’ parte de seu megapacote de investimentos (em montante bem inferior aos US$ 2 trilhões iniciais), assim como se comprometeu a fornecer 500 milhões de kits de teste rápido gratuitos, bem como aumentar os esforços de vacinação.
Europa moderada – Enquanto que na Europa, o índice Stoxx Europe 600 apresentava alta moderada de 0,07%, influenciado pelo avanço das ações dos setores de tecnologia e saúde, mas queda do de consumo e de mineração.
Ásia mista – No Oriente, fecharam em alta, a Bolsa de Tóquio (+0,16%); Seul (+ 0,32%); Hong Kong (+0,57%); Cingapura (+0,08%). Exceções para Xangai (-0,07%) e Indonésia (-0,38%).
Precificando o risco – Depois de amargarem fortes quedas nas semanas anteriores – muito mais pelo temor prévio de nova catástrofe viral de proporções globais – os mercados dão impressão de que precificaram esse risco, até porque não houve repetição do ‘pânico’ de 2020. Agora, na reta final de 2021, em que governos europeus se esforçam para conter a expansão da variante ômicron, o entendimento dos estrategistas Bas van Geffen e Elwin de Groot, é de que “os investidores já parecem ter decidido que a ameaça é administrável, por enquanto”.
Petróleo e minério avançam – Mais cedo, os futuros do petróleo na Bolsa Mercantil de Nova York, negociados para fevereiro próximo, acusam alta de 0,41% a US$ 71,41, no momento da entrega, ao passo que o minério de ferro se mantém com tendência de alta (recuperação de 50%, nas últimas seis semanas), após despencar de US$ 230 a tonelada, em maio deste ano, para US$ 85 atualmente, por conta das restrições ambientais aplicadas pelo governo de Pequim à produção de aço do país, a maior do mundo. A expectativa de analistas é que a volatilidade da commodity deve se manter, ao longo do próximo ano.
Cresce PIB ianque – Sinal da vitalidade econômica estadunidense, o PIB dos EUA aumentou 2,3% no terceiro trimestre do ano (3T21), segundo divulgou o Escritório Federal de Análise Econômica (BEA, na sigla em inglês), superior à estimativa de avanço de 2,1%, feita por economistas ouvidos pelo jornal ianque The Wall Street Journal (WSJ). Outro indicador relevante, na terra do ‘Tio Sam’ é o de confiança do consumidor de dezembro, com previsão de avanço para 110,50 pontos, acima dos 109,50 pontos, do mês anterior.
A hora da dívida – No Brasil, destaque para a divulgação, á tarde, pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), do relatório da dívida pública de novembro, com projeção de atingir o estoque de R$5,37 trilhões, e para a sondagem do consumidor em dezembro, que deve registrar 73,50 pontos.
Déficit de US$ 2,5 bi – Na divulgação do setor externo, pelo Banco Central (BC), a balança comercial de bens teve déficit de US$ 2,5 bilhões em novembro último, em contraste com o superávit de US$ 1,7 bilhão, no mesmo mês de 2020. No mesmo comparativo, as exportações de bens somaram US$ 20,5 bilhões (+17,1%); importações de bens subiram US$ 23,1 bilhões (+45,6%); a conta de serviços atingiu US$ 1,6 bilhão (-10,3%); viagens internacionais, que tiveram déficit de US$ 298 milhões – o maior número desde fevereiro de 2020 – superior aos US$ 144 milhões, de novembro de 2020.
Transações encolhem US$ 6,5 bi – As transações correntes, por sua vez, no mesmo período, apuraram déficit de US$ 6,5 bilhões, bem acima dos US$ 2,5 bilhões registrados em igual mês do ano passado. Em igual comparativo, o superávit comercial caiu US$ 4,2 bilhões; o déficit em renda primária subiu US$ 193 milhões, enquanto o déficit em serviços teve redução de US$ 183 milhões. Nos 12 meses encerrados em novembro último, o déficit de transações correntes do país totalizou US$ 30,8 bilhões (1,9% do PIB), abaixo, portanto dos US# 26,8 bilhões (1,66% do PIB), de outubro deste ano e dos US$ 21,5 bilhões, de igual mês de 2020.
Leilão de swaps cambiais – Nova tentativa de controle da inflação, já de dois dígitos, foi feita pelo Banco Central (BC), que vendeu hoje (22), integralmente o lote de 14 mil contratos de swap cambial, mediante oferta em leilão adicional, de modo a atender a demanda do “overhedge” – 1,6 mil papéis alocados para vencimento em agosto do ano que vem, e 12,4 mil, para outubro de 2022.
Orçamento carimbado – Na agenda econômica, o Congresso aprovou, ontem (21), Orçamento para 2022, que prevê R|$ 1,7 bilhão para o reajuste salarial de policiais federais, o que configura mais um ‘vale eleitoral’ do mandatário de plantão, mirando sua reeleição.
Principais indicadores
Estados Unidos (futuros)
Dow Jones, -0,13%.
S&P 500, -0,22%.
Nasdaq, -0,39%.
Ásia
Nikkei (Japão), +0,16% (fechado).
Shanghai SE (China), -0,07% (fechado).
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,57% (fechado).
Kospi (Coreia do Sul), +0,32% (fechado).
Europa
FTSE 100 (Reino Unido), -0,24%.
Dax (Alemanha), +0,04%.
CAC 40 (França), +0,25%.
FTSE MIB (Itália), -0,27%.
Commodities
Petróleo WTI, +0,38%, a US$ 71,39 o barril.
Petróleo Brent, +0,30%, a US$ 74,20 o barril.
Minério de ferro, -0,43%, a 693,50 iuanes ou US$ 108,85 (Bolsa de Dalian – China).
Bitcoin, +1,45% a US$ 49.315,44.
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