Ações, Units e ETF's
Exterior ‘azul’; 11º recuo do PIB e menor confiança da indústria pautam Ibovespa de segunda
Menor letalidade de ômicron anima bolsas mundiais; Focus vê retração da atividade em 2022 e FGV, idem
Já com a expectativa de um ambiente de negócios de menor liquidez, a última semana do ano inicia com viés positivo, na maior parte dos mercados mundiais, a exemplo dos índices futuros nos EUA, bolsas europeias e asiáticas, numa demonstração de ‘alívio’ pelas informações mais recentes que mostram uma letalidade da variante viral laboratorial ômicron, o que deve repercutir favoravelmente na bolsa brasileira nesta segunda-feira (27).
PIB de 4,51% – Também movimenta o mercado tupiniquim a divulgação, pelo Boletim Focus, do Banco Central (BC) a queda, pela 11ª vez seguida, da previsão do PIB para este ano, que caiu de 4,58% para 4,51%, no estudo anterior – era de 4,78% há quatro semanas – ao passo que para o próximo ano, este também recuou 0,5% para 0,42; o mesmo ocorrendo em 2023, (de 1,85% para 1,8%), em 2023, mas estabilidade em 2024 (2%).
Fora da meta – No que toca à inflação, o IPCA – o índice oficial da carestia – teve ligeiro recuo, de 10,04% para 10,02% (era de 10,15%, um mês antes), ainda muito acima da meta de 3,75%, ou do limite desta, de 5,25%. Para o ano que vem, o IPCA foi mantido em 5,03%, igualmente acima da meta de 5% para o ano. Para 2023, a estimativa caiu de 3,4% para 3,38%.
Selic firme em dois dígitos – A taxa básica de juros, Selic, por sua vez, foi mantido pelo Focus em 11,5%, recuando, portanto, da projeção anterior, de 11,25%. Para 2023 e 2024, a expectativa é de um patamar de 8% e 7%, respectivamente. Fechando o boletim, o dólar deve fechar 2021 entre R$ 5,60 e R$ 5,63, mas avança, de R$ 5,57 para R$ 5,60 para o ano que vem.
2022 exige cautela – Na quinta queda consecutiva, o Índice de Confiança da Indústria (ICI), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) recuou dois pontos percentuais em dezembro corrente, para 101,1 pontos, o que é seu menor nível, desde agosto de 2020, quando ficou em 98,7 pontos. Para analistas, a retração reflete uma ‘avaliação menos favorável’ do atual momento econômico nacional, assim como ‘cautela’ com relação ao próximo ano.
Escassez de insumos – Para a economista da FGV-IBRE, Claudia Perdigão, o resultado do ICI “se explica por problemas que se estenderam ao longo do ano, como pressão nos custos, escassez de insumos e elevada incerteza”, ao destacar que “o efeito do desemprego e a inflação sobre o poder de compra das famílias e, por fim, a demanda, acabam influenciando as avaliações da situação, tanto a presente, como para os próximos meses”.
Ociosidade aumenta – Exemplo disso é a ‘marcha-ré’ do Nível de Utilização da Capacidade Instalada da indústria, que encolheu um ponto percentual, agora em 79,7%, voltando ao patamar de agosto último.
Só em 2022 – Sobre as perspectivas econômicas para o ano que se avizinha, a economista da FGV-Ibre estima que somente a partir do segundo semestre de 2022 é que deverá estar normalizado o fornecimento de insumos à indústria. Antes, porém, Cláudia admite que “devem persistir os atuais gargalos do setor”.
Dados da arrecadação – Na agenda do dia, destaque, à tarde, para a divulgação dos números de arrecadação pela Receita Federal e da balança comercial, pelo Ministério da Economia, via Secretaria Especial de Comércio Exterior (Secex)
‘Bom ânimo’ – No front externo, alguns fatores se destacam para o ‘bom ânimo’ dos negócios internacionais, a começar pela preocupação das autoridades ianques em conter a expansão do ômicron no país, embora estudos recentes (na África do Sul e no Reino Unido) apontem que os sintomas da variante laboratorial ‘seriam menos severos do que se pensava’.
Pacote Biden – Ao mesmo tempo, o presidente estadunidense Joe Biden, preocupado em deixar a marca de sua administração, agora admite continua ‘pregando’ a necessidade de aprovação, pelo Congresso norte-americano, de seu ambicioso megapacote de projetos de infraestrutura, mas que agora deverá ser ‘desidratado’ dos R$ 2 trilhões iniciais, para bem menos do que isso.
China lucra, né? – Do outro lado do planeta, sua arquirrival, a outra superpotência China, apresentou alta de 9% no lucro industrial em novembro último, no comparativo com igual mês de 2020. A boa notícia ocorre após o banco central chinês emitir comunicado, em que promete “maior apoio econômico à economia real”, além de reiterar seu “o compromisso com um crescimento saudável no setor de propriedades”.
Contraste flagrante – A posição do gigante asiático contrasta com o aperto monetário promovido pelo banco central ianque (Federal Reserve) e demais bancos centrais, ao redor do mundo.
Europa ‘no limite’ – Enquanto isso, o índice Stoxx 600 – formado pelas ações de 600 empresas dos principais setores de 17 países europeus – registra avanço mínimo de 0,01%, depois que o número de casos de covid-19, no Reino Unido e na França.
Desoneração de R$ 15 bi – No plano fiscal interno, destaque para a ‘sanção’ presidencial, na última sexta (24), no sentido de prorrogar, até o final de 2023, a desoneração da folha de pagamento de 17 setores econômicos. De acordo com a Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, o impacto da medida sobre o Orçamento federal, são perdas de arrecadação, de R$ 6 bilhões, em 2022, e de R$ 9 bilhões em 2023.
Melhor opção – Atualmente, as empresas podem pagar 20% da contribuição previdenciária sobre os salários dos funcionários, ou optarem por um porcentual, entre 1% e 4,5% sobre o faturamento bruto, que tem sido mais utilizada pelo mercado, uma vez que reduz custos de contratação para manter os funcionários na folha.
Covid despenca 46% – No diário da covid-19, queda de 46% da média móvel de mortes em sete dias no país, no comparativo com o patamar de 14 dias antes, conforme informou o consórcio de veículos de imprensa.
Principais indicadores
Estados Unidos (Futuros)
Dow Jones, +0,01%
S&P 500, +0,14%
Nasdaq, +0,26%
Ásia
Nikkei (Japão), +0,83% (fechado)
Shanghai SE (China), -0,06% (fechado)
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,13% (fechado)
Kospi (Coreia do Sul), -0,43% (fechado)
Europa
FTSE 100 (Reino Unido) – não abriu.
Dax (Alemanha), +0,15%.
CAC 40 (França), +0,15%.
FTSE MIB (Itália), +0,24%.
Commodities
Petróleo WTI, -1,41%, a US$ 72,75 o barril.
Petróleo Brent, -0,13%, a US$ 76,04 o barril.
Minério de ferro, -3,33% a 683 iuanes ou US$ 107,19 (Bolsa de Dalian – China).
Criptomoedas
Bitcoin, +1,61% a US$ 50.807,59 (cotação há um dia).
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