Economia
Mercado de trabalho passa por forte expansão, analisa Genial
A corretora projeta taxa de desemprego em 11,7% para o próximo mês
O mercado de trabalho passa por forte expansão, conforme análise da Genial Investimentos por meio de relatório ao mercado.
De acordo com a corretora, as recentes divulgações dos dados tanto de emprego formal quanto informal apontam para uma forte expansão do mercado de trabalho.
Isso porque o Caged apontou para a criação líquida de 324 mil postos de trabalho formal em novembro surpreendendo o mercado que tinha consenso de criação de 216 mil vagas.
Também disse que a PNAD divulgada no dia 28 de dezembro referente ao trimestre encerrado em outubro também surpreendeu o mercado ao apresentar uma taxa de desocupação de 12,1% enquanto as expectativas eram de 12,3%.
“Vale destacar que ambos os indicadores apontam para uma recuperação bastante disseminada entre os setores da economia”, destacou.
E acrescentou: “nos últimos vemos uma criação líquida de empregos formais bastante concentrada nos setores de serviços e comércio. Além disso, vemos uma significativa recuperação da força de trabalho, visto que em comparação ao trimestre encerrado em julho, tivemos um aumento de 1,8 milhões de trabalhadores na força de trabalho no trimestre encerrado em outubro.”
Mercado de Trabalho – Genial
Ainda de acordo com a Genial, o crescimento da população ocupada continua sendo concentrado nos trabalhadores do setor privado e por conta própria.
Todavia, a geração de empregos no setor privado vem ganhando relevância nos últimos meses, com a desaceleração dos empregos por conta própria.
Nos últimos trimestres, os empregos por conta própria representavam cerca de 35% do total de empregos criados, mas, agora, esse número está em 19,4%.
Por outro lado, o emprego no setor privado que gerava cerca de 55% dos empregos, agora está acima de 70% do total.
Das 3,3 milhões de pessoas a mais ocupadas em relação ao trimestre encerrado em julho, 638 mil foi de trabalhadores por conta própria (sendo 382 mil de informais e 256 mil formais) e 2,4 milhões de trabalhadores no setor privado (sendo 1,3 milhão de formais e 1,03 milhão de informais).
Ocupação
Conforme a corretora, o crescimento da ocupação no trimestre encerrado em setembro ocorreu em oito das dez atividades pesquisadas.
As maiores contribuições vieram do setor de comércio (1,1 milhão), indústria (535 mil), alojamento e alimentação (500 mil), construção civil (455 mil) e serviços domésticos (401 mil).
Cerca de 70% da ocupação no trimestre ocorreu no setor de serviços e comércio (2,3 milhões), sendo segmentos de caráter presencial beneficiados pela reabertura econômica.
Já o nível de ocupação (população ocupada sobre a população em idade ativa), ficou em 54,6%, aumento de 1,8 p.p. em relação ao trimestre encerrado em julho. Assim, o resultado se aproxima da média histórica da série (55,7%) e do nível pré pandemia (56%).
Em relação ao rendimento real, tivemos redução de 4,6% no rendimento médio habitual em relação ao trimestre encerrado em julho e de -11,1% na variação interanual. Já a massa de rendimentos apresentou queda de 1,1% em relação ao último trimestre encerrado em julho.
“Nossa projeção preliminar para o próximo mês para a taxa de desemprego é de 11,7%”, disse.
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