Ações, Units e ETF's
Exterior negativo; queda da indústria e Ciro, articulador do Orçamento, moldam Ibovespa de sexta
Aperto do Fed põe mercados na ‘defensiva’; produção industrial cai 4,4% e Guedes perde força
Enquanto o teor dos balanços de grandes bancos estadunidenses não é conhecido, os índices ianques operavam em leve alta (Dow Jones, +0,22%; S&P 500 Futuro, +0,17%; Nasdaq Futuro, +0,10%), na sessão de sexta (14), encerrando uma semana marcada pela precificação positiva dos mercados ante o gradualismo a ser adotado na alta de juros – a primeira prevista para março próximo – assim como no que toca à redução do balanço do Federal Reserve (Fed).
Inflação não domada – Entretanto, é fato que a inflação não está, como aqui, sob controle na terra do Tio Sam, a julgar pelo avanço dos preços ao produtor local, que soma 9,7% em 2021, maior patamar da série histórica, iniciada em 2010.
Futuros menos atrativos – Com a menor atratividade relativa dos futuros no mercado ianque (decorrente da elevação programada dos juros pelo Fed), as ações das empresas de tecnologia despencaram (Microsoft, -4%; Nvidia, -5% e queda da Apple, Amazon, Meta, Netflix e Alphabet), levando junto os índices locais (Dow Jones, -0,48%; S&P -1,42%; Nasdaq -2,51%).
Balanços nos EUA – Enquanto o mercado especula em relação à calibragem dos juros pelo Fed, os maiores bancos estadunidense ‘puxam a fila’ na temporada de balanços dos bancos (relativos ao quarto trimestre de 2021 – 4T21), que serão divulgados, antes da abertura do mercado, pelo JPMorgan, Citigroup, Wells Fargo e Goldman Sachs.
Novo teste – Enquanto que, para um analista da XP, a divulgação dos balanços dá início a “um novo teste por um mercado, abalado pela aceleração dos juros pelo Federal Reserve”, o estrategista-chefe da Avenue Securities, Guilherme Zanin, prevê que o setor “deve continuar voando em ‘céu de brigadeiro’, aproveitando o movimento de juros futuros para ganhar dinheiro e diminuindo provisões, o que aumenta o lucro líquido das instituições”. Pelas projeções do Credit Suisse, o lucro por ação das companhias deve subir 2% e suas margens, outros 4%.
Ásia no vermelho – Sensíveis ao aperto monetário ianque, mais do que confirmado pelas autoridades monetárias daquele país, as bolsas asiáticas e europeias ‘acusaram o golpe’. No caso das primeiras, houve ‘queda generalizada (Nikkei japonês, -1,28%; Shanghai SE chinês, -0,96%; Hang Seng Index (Hong Kong), -0,19%; Kospi sul-coreano, -1,35%), a despeito do avanço de 20,9% das exportações chinesas em dezembro último, no comparativo anual com igual mês de 2020, superando as expectativas do mercado, de um percentual não acima dos 20%.
Importações crescem forte – As importações do gigante asiático também cresceram forte, cerca de 19,5%, desta vez, frustrando as previsões de analistas, que esperavam uma expansão de 26,3%, em igual comparativo. No ano, as exportações do país oriental tiveram expansão de 29,9% (muito superiores aos minguados 3,6% de 2020), ao passo que as importações subiram 30,1% (queda de 1,1% em 2020).
Europa recua – No ‘velho continente’, o índice Stoxx 600 (formado pelas ações de 600 empresas dos principais setores de 17 países europeus) apresentava recuo de 0,5%, puxado pelo desempenho negativo do setor de tecnologia, mas positivo para o de petróleo e gás. A região continua sob tensão, mas militar, por conta da ameaça russa de invasão à Ucrânia – nação soberana destroçada aos milhões, no início da década de 30, pela fome imposta pelo ditador comunista Stalin, no início da década de 30 (Holodomor).
Petróleo sobe – Pelo campo das Commodites, o petróleo WTI registra alta de 0,58%, a US$ 82,6 o barril e o tipo Brent (referência internacional) avança 0,84% a US$ 85,17 o barril. Já o minério de ferro apresentou recuo de 2,3%, a 722 iuanes ou US$ 113,74, na bolsa de futuro chinesa de Dalian. Em relação a 2020, as importações do país oriental recuaram 4,3% (1,17 bilhão de toneladas ante 1,12 bilhão de toneladas, respectivamente), após as restrições impostas pelo governo de Pequim à produção de aço local, o que prejudicou a demanda e derrubou os preços do produto.
Indústria tomba – Na agenda tupiniquim, a produção industrial brasileira caiu 4,4% em novembro último, ante igual mês de 2020, e 0,2%, em comparação com outubro de 2021, divulgou hoje (14) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), traduzindo um desempenho negativo em oito dos 15 locais pesquisados.
Amazonas lidera – As maiores quedas ocorreram nos estados do Amazonas (-3,5%), Ceará (-2,5%) e Rio de Janeiro (-2,2%), com Nordeste (-1,8%), Bahia (-1,7%), Espírito Santo (-0,9%), Paraná (-0,7%) e Pernambuco (-0,3%), enquanto as altas couberam aos Mato Grosso (14,6%), Santa Catarina (5,0%) e Pará (3,5%), com Rio Grande do Sul (1,2%), São Paulo (1,0%), Minas Gerais (0,8%) e Goiás (0,1%).
Varejo desce – Ao mesmo tempo, as vendas do comércio varejista nacional cresceram 0,6% em novembro, em relação ao mês anterior, mas caíram 4,2% no comparativo anual (novembro de 2020), também informou o IBGE, que indicou alta de 1,9%, no acumulado em 12 meses – até novembro.
Guedes negocia – Na treta fiscal, prosseguem as conversas entre o ministro Paulo Guedes e o presidente do Sindicato Nacional, Isac Falcão, tendo em vista uma ‘saída definitiva’ para a questão salarial dos servidores federais, que ameaçam paralisar atividades. Exemplo disso é a mobilização, desde dezembro último, dos auditores-fiscais da Receita, cujo pleito inclui bônus de desempenho (prometido pelo governo desde 2017); ajuste salarial (sem qualquer aumento desde 2019) e aumento na verba destinada à Receita (corte orçamentário de 54%).
Ciro, novo negociador – Sem reconhecer diretamente a ‘inabilidade natural’ do ministro offshore isento em lidar com parlamentares, sobre temas orçamentários, o mandatário de plantão decidiu ‘transferir’ as negociações das questões de execução orçamentária, de Guedes para o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, um dos líderes do Centrão no Congresso Nacional.
Covid sobe 29% – No diário da covid, o vírus laboratorial chinês foi responsável pela morte de 126 brasileiros, com alta de 29% da média móvel de sete dias, em comparação com o patamar anterior, de 14 dias.
Principais indicadores
Estados Unidos (futuros)
Dow Jones, +0,22%.
S&P 500 Futuro, +0,17%.
Nasdaq Futuro, +0,10%.
Ásia
Nikkei (Japão), -1,28% (fechado).
Shanghai SE (China), -0,96% (fechado).
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,19% (fechado).
Kospi (Coreia do Sul), -1,35% (fechado).
Europa
FTSE 100 (Reino Unido), -0,1%.
Dax (Alemanha), -0,63%.
CAC 40 (França), -0,71%.
FTSE MIB (Itália), -0,79%.
Commodities
Petróleo WTI, +0,58%, a US$ 82,6 o barril.
Petróleo Brent, +0,84%, a US$ 85,17 o barril.
Minério de ferro, -2,3%, a 722 iuanes ou US$ 113,74 (Bolsa de Dalian – China).
Criptomoedas
Bitcoin, -2,72%, a US$ 42.616,32.
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