Ações, Units e ETF's
Aperto monetário iminente; ameaça militar russa e avanço do IPCA moldam Ibovespa de segunda
Alta de juros pelo Fed; risco de invasão da Ucrânia e inflação resiliente pressionam cotações
Logo na abertura dos negócios, a tensão domina os mercados, ante à alta iminente dos juros pelo Federal Reserve (Fed) – banco central estadunidense – que deverá ser anunciada, ao final da reunião de dois dias, na próxima quarta-feira (26).
Futuros recuam – A expectativa se reflete no viés negativo dos índices futuros ianques (Dow Jones, -0,03%; S&P 500, -0,14% e Nasdaq, -0,32%), que também precificam o resultado adverso dos balanços de companhias norte-americanas, em que 70% das componentes do S&P exibiram desempenhos aquém do esperado, a exemplo do Goldman Sachs e Netflix. Hoje, será a vez da gigante de tecnologia IBM mostrar seus números, enquanto que, ao longo da semana, Apple, Microsoft, Intel, IBM, Boeing e General Electric seguirão o mesmo caminho.
‘Azedume’ do mercado – Igualmente contribui para o ‘azedume’ do mercado a retrospectiva negativa da semana passada, em que o S&P 500 recuou 5,7%; o Dow Jones caiu 4,6% e o Nasdaq afundou 7,6%. Mais um complicador para os mercados seria a previsão banco de investimentos Goldman Sachs, segundo o qual agora, não seriam mais três, mas quatro altas de juros poderão ser aplicadas pelo Fed (a primeira, em março próximo), com reflexos globais ainda imprevisíveis, em que pese a necessidade de conter a curva ascendente da inflação na pátria de Tio Sam.
Invasão militar – Outro foco de volatilidade para os negócios mundiais é a perspectiva, cada vez mais provável, de invasão militar russa na Ucrânia, a despeito das retaliações, diplomáticas e comerciais lançadas pelo Ocidente contra a pátria do czar Putin. De acordo com uma cláusula do tratado que instituiu a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), quando um de seus membros é atacada, todos os demais o são, também. Desde 2002, a Ucrânia pleiteia seu ingresso na organização.
EUA contra-atacam – Diante das manobras militares em curso da trinca formada por Irã, China e Rússia, no último sábado (22), os EUA confirmaram o envio de 91 toneladas de armamento aos soldados situados na fronteira entre Ucrânia e Rússia, o que demonstraria, segundo a embaixada estadunidense no país ameaçado, “o compromisso de Washington de ajudar a Ucrânia a reforçar suas defesas diante da crescente agressão russa”, revelou o site Poder 360.
Ásia mista – Ao mesmo tempo, pelos mesmos fatores, a Ásia fechou com desempenhos mistos. Enquanto o chinês Shanghai SE e o Nikkei (Japão) avançavam 0,04% e 0,24%, respectivamente, o Hang Seng Index (Hong Kong) recuava 1,24% e o Kospi sul-coreano caía 1,49%. As ações chinesas se valorizaram com a informação de que a Evergrande – segunda maior incorporadora chinesa, com dívidas superiores a US$ 300 bilhões – teria nomeado o executivo Liang Senlin (atual presidente da unidade de Hong Kong da Cinda Asset Management Co) para integrar seu conselho de administração, além da apresentação de um ‘plano de reestruturação de dívida’ da empresa, marcado para março próximo.
Europa ameaçada – Ameaçada em sua integridade pela voracidade geopolítica e econômica do Kremlim, de uma parte, e pela alta dos juros pelo Fed ianque, por outro, a Europa fechou no vermelho (Stoxx 600 despenca 2,92%), com o britânico FTSE 100 perdendo 1,06%; o DAX alemão, recuando 1,52%; o CAC 40 francês caindo 1,67% e o FTSE MIB italiano baixando 1,92%.
Petróleo sobe e minério cai – No campo das commodities, enquanto o petróleo WTI subia 0,31% (US$ 85,47 o barril) e o brent avançava 0,33% (US$ 88,24 o barril), o minério encolhia 1,66%, a 740 iuanes ou US$ 116,93, na bolsa chinesa de commodities de Dalian. No radar, persiste a dúvida de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) conseguirá atingir a meta de elevação da produção, anunciada anteriormente, em meio a duas crises quase simultâneas (pré-fabricadas) do petróleo: a primeira no Oriente Médio (vide ataque recente do Iêmen ao inimigo Emirados Árabes Unidos, na capital Abu Dhabi) e agora, a protagonizada pelos imperialistas do Kremlin contra um estado soberano, a Ucrânia.
IPCA avança – No front interno, destaque para o avanço, de 5,09% para 5,15%, das projeções do IPCA este ano (ante previsão de 5,03%, há um mês), informou hoje (24) o Boletim Focus do Banco Central (BC). O resultado continua acima, tanto da meta (3,5%) quanto do teto (5%). Para 2023, a situação é parecida, com o IPCA em 3,4%, acima, portanto, da meta projetada pelo BC, de 3,25%. Para 2024 e 2025, a previsão de inflação de 3% foi mantida.
PIB estacionário – Enquanto a inflação continua subindo, mesmo que discretamente, o PIB estacionou em 0,29%, na previsão do mercado, segundo o Focus. Há um mês, essa previsão era de 0,42%. Para 2023, a economia deve retrair de 1,75% para 1,69% nas projeções, ao passo que para 2024 e 2025, a previsão continua nos minguados 2%.
Selic inalterada – Já a taxa básica de juros (Selic) foi mantida em 11,75% pelo Focus (eram de 11,50% ao ano, há um mês), assim como as estimativas para 2023, 2024 e 2025, respectivamente de 8%, 7% e 7%. O dólar, por sua vez, deverá encerrar o ano em R$ 5,60, mesmo valor para o ano que vem, caindo para R$ 5,40 em 2024, e R$ 5,39 para o ano seguinte.
Desconto é trunfo – O grande desconto dos papéis nacionais, em que pese perdas totais de 12% do Ibovespa no ano passado, é o trunfo que poderá garantir uma performance favorável da bolsa brasileira, ao longo dessa semana.
Agrado sancionado – Na treta fiscal, destaque para a sanção presidencial da Lei Orçamentária Anual de 2022, aí incluindo uma dotação específica de R$ 1,7 bilhão pelo Executivo, a título de atender reajustes salariais dos servidores federais, montante ‘prometido’ pelo mandatário de plantão às forças se segurança (policiais federais, rodoviários federais e agentes penitenciários), não sem antes garantir outros R$ 4,9 bilhões, a serem ‘torrados’ com o fundo eleitoral. Na agenda, o Ministério da Economia divulga, à tarde, os números mais recentes da balança comercial brasileira.
Covid mata 166 – No diário da Covid, o vírus chinês matou 166 brasileiros (alta de 129%), segundo a média móvel em sete dias, ante o patamar anterior, de 14 dias, informou o consórcio de veículos de imprensa.
Principais indicadores
Estados Unidos (futuros)
Dow Jones, -0,03%.
S&P 500, -0,14%.
Nasdaq, -0,32%.
Ásia
Shanghai SE (China), +0,04% (fechado).
Nikkei (Japão), +0,24% (fechado).
Hang Seng Index (Hong Kong), -1,24% (fechado).
Kospi (Coreia do Sul), -1,49% (fechado).
Europa
FTSE 100 (Reino Unido), -1,06%.
DAX (Alemanha), -1,52%.
CAC 40 (França), -1,67%.
FTSE MIB (Itália), -1,92%.
Commodities
Petróleo WTI, +0,31%, a US$ 85,47 o barril.
Petróleo Brent, +0,33%, a US$ 88,24 o barril.
Minério de ferro, -1,66%, a 740 iuanes ou US$ 116,93 (Bolsa de Dalian – China).
Criptomoedas
Bitcoin, -3,36%, a US$ 34.659,22.
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