Santander Asset Management (SAM) cria primeiro fundo multimercado ‘híbrido’

Primeiro produto que associa gestão humana à análise quantitativa, o Santander Asset Management (SAM) – gestora do banco Santander – está virando ‘mais uma página’ na história da economia digital, ao lançar o fundo multimercado global Gestão Ativa Internacional, voltado exclusivamente a investidores nacionais (risco elevado), com investimento inicial de R$ 50 mil, para exploração de mercados dos Estados Unidos, Europa e Ásia. A taxa de administração é de 1% ao ano, sem taxa de performance ou come cotas.

Opção dupla – Com volatilidade esperada de 7,5%, o fundo dispõe de opção com proteção (hedge) cambial – cota não sujeita a variações do dólar – e outra, em que o cotista corre o risco cambial, mas também pode sair ganhando.

Algoritmos na seleção – A inovação está em que, na prática, essas aplicações empregam algoritmos na seleção de ativos de forma sistematizada, ou seja, nada emocional, embora a tarefa conte com o suporte de uma equipe integrada por 13 gestores globais e locais, por sua vez, responsáveis pela criação da lógica do investimento, e sob a liderança do head global de soluções de investimentos e quantitativos da Santander Asset, Ruy Ribeiro.

Capital de R$ 1 milhão – É bom lembrar que o risco do produto é elevado, daí ser restrito a investidores qualificados, cujo capital investido em aplicações financeiras supere a casa de R$ 1 milhão. Entretanto, informação não oficial da instituição financeira dá conta de que será criado um fundo quantitativo específico para o público, em geral.

Ganhos maiores – “O processo quantitativo complementa a gestão humana, e misturar esses dois conceitos aumenta as possibilidades de ganhos maiores”, avalia Ribeiro, para quem o gestor continua “sendo essencial em todas as etapas do processo, porque ele define a ideia de investimento, a converte em um modelo, testa a sua validade e robustez, decide ou não usá-la, quanto de risco alocar e quando substituir a ideia por uma outra melhor”, explica o head.

Perfil diversificado – Como característica, o novo fundo vai priorizar, segundo acentua sua gestora, ativos de menor correlação com o mercado local e com perfil diversificado, pois, além de ações, este poderá investir em renda fixa, crédito, recibos de empresas estrangeiras negociados na B3, como BDRs e ETFs.

Duas alocações – Outra novidade é que o investidor poderá optar entre duas possibilidades de alocação: uma com o Gestão Ativa Internacional Reais – que conta com proteção cambial – e o Gestão Ativa Internacional Dólar, sem hedge.

Superar o concorrente – Com a ideia de ‘misturar gestão quantitativa com tradicional’, o novo fundo compra ativos do exterior como ações, crédito e renda fixa, na mira de superar seu principal concorrente, o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que são títulos emitidos pelos bancos para captação ou aplicação de recursos excedentes, em operações de um dia de prazo. O CDI também cumpre a finalidade de melhorar a liquidez de uma instituição financeira ou do próprio mercado (Wikipedia).

Falta explicar melhor – O uso de fundos multimercados é mais difundido nos Estados Unidos do que aqui, embora sua demanda esteja em franco crescimento no país. Uma dúvida recorrente no mercado diz respeito a entender: “Afinal, o que os algoritmos fazem?

Mais que os bancos – Com a ideia de complementar a carteira dos investidores nacionais, o Santander Asset tem, à sua frente, o desafio de ‘comprar mais ações de tecnologia do que os bancos’, sem tanta oferta no país.