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Poupança, Tesouro Direto, renda fixa, ações: melhores opções para investir na recessão

Após registro de menor patamar histórico da taxa básica de juros, a taxa Selic, investimentos conservadores ficam pouco atrativos.

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Pelo segundo trimestre consecutivo, o Brasil registra queda do Produto Interno Bruto (PIB), ingressando na recessão técnica. Entre abril e junho de 2020, os indicativos econômicos do país encolheram 9,7%. Nos três meses anteriores, a contração havia sido de 2,5%. Os números foram divulgados nesta terça-feira, 1, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Sendo assim, o segundo trimestre deste ano representa o maior baque obtido por esse período de três meses, ao longo de toda série histórica, desde 1996. E no quesito investimento, a recessão pode mudar o destino do dinheiro, tanto nas aplicações de renda fixa, destinada aos mais conservadores, quanto de renda variável, aos mais arriscados. 

Com a queda da taxa básica de juros (taxa Selic) para 2% ao ano, no menor patamar histórico assinalado pelo Comitê de Política Monetária (Copom), os investimentos conservadores, como poupança e Tesouro Direto, passam a ter menor rentabilidade. “Sobre os rendimentos em renda fixa, não tem muito o que esperar em rentabilidade de curto prazo”, afirma o planejador financeiro CFP da Planejar, Bruno Mori. 

“Na renda variável, quando as economias estão em recessão, significa que as empresas estão produzindo menos, lucrando menos. Então, teoricamente, as ações tendem a depreciar”, acrescenta Mori, destacando essa opção como de melhor rentabilidade.

O sócio-diretor da Plano, José Leonardo, frisa que é interessante que o investidor destine, com segurança, parcela de seus investimentos para a renda variável. “Não necessariamente precisa ser de maneira direta, como na compra e venda das ações e de câmbio, por exemplo, mas pode se fazer isso através dos fundos de investimentos, de multimercado ou de ações”, diz ele.

Logo, o passo inicial é manter a reserva de emergência, aplicando o dinheiro em ativos seguros e com liquidez. Após isso, deve-se ir atrás de opções em renda variável, diversificando a carteira de investimentos. “A gente pode buscar outras alternativas com maiores rentabilidades, como a Bolsa de Valores, um fundo de ações e fundo multimercado. Mas isso é muito pessoal e depende de cada investidor”, conclui Bruno Mori.

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