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Fleury se consolida no setor de saúde

A empresa Fleury surgiu como uma outsider no setor de investimentos voltados à medicina. Entenda a proposta da empresa.

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Primeiramente, é necessário entender o que é M&A. A sigla vem do inglês e significa Mergers and Acquisitions que, na nossa língua, quer dizer fusões e aquisições, ou F&A. Na prática, são operações que unem empresas. Nesse casamento, digamos assim, ambas as partes se juntam para conquistar mais clientes, resultados e crescimento.

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Nesse sentido, poucos setores estão tão aquecidos em M&As como a área de saúde. Nos últimos tempos, os principais protagonistas desse mercado fizeram movimentos ousados, num intenso processo de consolidação. Por exemplo, a Rede D’Or anunciou a compra da SulAmérica.

Não obstante, a Notredame Intermédica surgiu da união de duas empresas, criando um gigante que vale quase R$90 bilhões, num caso de verticalização.

Outro exemplo é a Dasa, que é uma das interessadas na compra do plano de saúde Amil, que está à venda pela americana UnitedHealth. No entanto, engana-se quem pensa que a Fleury é uma outsider nesse setor, visto que pouco a pouco a rede de medicina diagnóstica está seguindo à risca sua estratégia de M&A. A regra é nada de lances pirotécnicos e valores exorbitantes.

Desse modo, a receita da Fleury gira em torno da cartilha de grandes grupos corporativos. A empresa envolve-se em compras de ativos ou parcerias que possam reforçar a área da medicina diagnóstica, bem como novas áreas, como ortopedia, oftalmologia e fertilidade, com procedimentos que vão da consulta até a mesa de cirurgia.

No ano de 2021 a Fleury fez seis aquisições, investindo mais de R$900 milhões nesse tipo de transação. Três delas em medicina diagnóstica (entre elas, o Laboratório Marcelo Magalhães, de Recife, por R$384,5 milhões, a segunda maior aquisição de sua história).

As outras três foram M&As que aconteceram nas novas áreas, chamadas internamente de novos elos: o Centro de Infusões Pacaembu, a Clínica de Olhos Moacir Cunha e o Instituto Vita de Ortopedia.

Resultados

De fato, essa estratégia, pelo menos em 2021, deu bons resultados. A empresa chegou a atingir uma receita bruta recorde de R$4,2 bilhões, um crescimento de 30,1%.

O lucro líquido ajustado de R$374,7 milhões, alta de 37,3%, é o maior da história do grupo de saúde. A empresa também investiu numa plataforma online chamada Saúde ID.

Essa plataforma realizou 915 mil tele consultas em 2021, sendo 163 mil no último trimestre do ano. O marketplace, que vende inclusive cirurgias, conta com nove parceiros.

E a meta é crescer esse número neste ano. De acordo com Jeane Tsutsui, CEO da Fleury, “o setor de saúde é muito complexo e há espaço para diferentes modelos […] Estamos nos posicionando no modelo de formação de ecossistemas“, destacou.

Geógrafo e pseudo escritor (ou contrário), tenho 23 anos, gaúcho, amante da sétima arte e tudo que envolva a comunicação

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