Economia
Municípios tem números altos de beneficiados pelo Auxílio Brasil
Foi verificado que existem mais beneficiários do Auxílio Brasil do que pessoas trabalhando de carteira assinada na maioria dos municípios do Brasil.
Foi verificado que existem mais beneficiários do Auxílio Brasil do que pessoas trabalhando de carteira assinada na maioria dos municípios do Brasil. Essa situação acontece em 2.892 dos 5.557 municípios brasileiros de todas as regiões do país.
Veja também: Auxílio Emergencial: Governo solicita crédito especial ao Congresso
Os dados foram retirados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Cidadania, do Auxílio Brasil e do Ministério do Trabalho. Em março, o Brasil contava com 41,2 milhões de empregos formais, ao passo que o total de famílias beneficiadas pelo Auxílio Brasil foi de 18 milhões.
Na última quinta-feira (19), o presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou uma medida provisória que foi aprovada pelo Congresso Nacional que implementa que o piso permanente do Auxílio Brasil será de R$ 400.
Marcelo Neri, diretor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Social e fundador do Centro de Políticas Sociais, diz que o quadro revela um desequilíbrio que não consegue se sustentar no longo prazo.
“Gerar sua própria renda é mais importante, principalmente em um emprego formal, que tem qualidade e direitos associados. Você tem mais estabilidade do que se fosse informal”, diz.
“Além disso, o emprego formal arrecada recursos que permitem bancar políticas públicas, enquanto o Auxílio Brasil, em si, é um gasto”, acrescenta. “Não só do ponto de vista da sustentabilidade da economia, mas do próprio bem estar das pessoas, gerar a própria renda traz mais satisfação.”
Levando em consideração todas as pessoas que possuem direito ao benefício, o número de municípios poderia ser ainda maior, visto que, em março, existia uma demanda reprimida de aproximadamente 1,3 milhão de famílias que não foram beneficiadas com o Auxílio ainda que atendessem aos critérios estabelecidos pelo governo federal.
Os dados mais recentes do Caged demonstraram um saldo positivo de 136 mil empregos gerados em março e 615 mil desde janeiro. Por outro lado, o salário medico de admissão, que era R$1.872,07, teve um decréscimo real de R$ 38,72 em um mês, acumulando uma redução de R146,54 em um ano.
Para o economista, se trata do resultado de um cenário inflacionado e com uma alta taxa de desemprego, que são devidos ao período pandêmico e a guerra na Ucrânia.
“Significa que não só é difícil gerar emprego formal, como a qualidade medida por salário, que reflete a produtividade e o bem estar das pessoas, acaba comprometida”, explica.
“O próprio nome ‘auxílio’ denota um pouco essa situação, de que as pessoas estão precisando ser ajudadas e não estão sendo protagonistas da sua própria geração de renda. O grande símbolo da ascensão social no Brasil é o emprego com carteira”, diz o economista.
O Datafolha publicou uma pesquisa que mostra que 23% das pessoas no Brasil vivem em domicílios que são atendidos pelo programa, visto que o auxílio é pago por família.

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