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Carreira

A lista que ninguém quer entrar: cargos com os piores aumentos salariais deste ano

Alguns setores da economia foram mais atingidos que outros, conforme pesquisa feita por empresa de consultoria. Veja resultados.

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O grupo de consultoria e recrutamento Michael Page divulgou os resultados do Estudo de Remuneração 2024, que revela a média salarial em diferentes cargos e áreas de atuação no mercado de trabalho.

O levantamento avaliou, ao todo, 14 diferentes setores. São eles: bancário, financeiro, agronegócio, construção, engenharia, marketing, jurídico, recursos humanos, logística, tecnologia da informação, seguros, varejo, saúde e secretariado.

Os dados coletados englobam um universo de 6.647 candidatos e 3.844 empresas. A maioria dos entrevistados no Brasil, segundo a Michael, foi composta por pessoas que residem nas regiões Sul e Sudeste. O mesmo se aplica às empresas.

Menores aumentos e quedas

Dentre os 14 setores avaliados, três registraram os menores aumentos e, inclusive, quedas na remuneração. Tratam-se dos setores: varejo, saúde e bancário. Eles ocuparam as piores posições no quesito aumento de salário anual.

Enquanto os setores de varejo e saúde não tiveram mudanças tão significativas nos salários, o setor bancário foi alvo de cortes profundos no último ano, o que se mostrou uma tendência em diferentes cargos.

Funções como analista de crédito, analista de patrimônio, economista, relações com investidores, gerente de portfólio, auditor interno, marketing de produto e outras tiveram variações negativas, que oscilam entre 10% e 47,6%.

No varejo, a pior classificação ficou com o cargo de gerente de vendas nacional, com uma queda salarial de 12% a 25%. Outro que não se saiu bem foi o diretor de marketing, que, independentemente do setor analisado, teve uma variação negativa de 4% a 12% nos ganhos.

Na área da saúde, os mais prejudicados são justamente aqueles que exercem e ocupam cargos com os maiores salários. Superintendentes e diretores de enfermagem, por exemplo, tiveram uma queda salarial de 17%, enquanto os diretores médicos apresentaram uma média negativa de 19%.

Motivador

O estudo também avaliou os aspectos que motivam as pessoas a aceitarem uma oportunidade de trabalho. A remuneração foi apontada por 84,5% dos entrevistados como o principal elemento.

Contrariando essa percepção, as empresas questionadas pela pesquisa aparentam não estarem tão propensas a melhorar as condições. Isso porque 37,6% delas informaram que não planejam aumentar os salários em 2024, além do que já está estabelecido no acordo trabalhista.

Já aquelas que disseram que planejam elevar a remuneração informaram um possível aumento médio de 6%. Vale a pena esperar para ver se será isso mesmo.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Comunicação Digital, e que trabalha há 14 anos como repórter e redator

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