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A Selic mais alta cria oportunidades de investimento?

Saber quando investir é geralmente um problema recorrente na vida dos investidores. Entenda qual é o melhor momento para fazer seu investimento.

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Acredita-se que um dos componentes fundamentais para constituir um determinado ativo está atrelado intimamente ao custo do rendimento no tempo e o custo da oportunidade. Em vista disso, no Brasil, compreende-se que a taxa Selic — responsável por averiguar as operações referentes a empréstimos de um dia entre instituições bancárias que utilizam títulos públicos federais como meio de garantia — transfigura-se em uma remuneração sem riscos da nossa economia, sendo utilizada em diversos investimentos.

Desse modo, quando a Selic está elevada, isso faz com o que os investidores fiquem mais tímidos em relação aos investimentos, optando por debruçar-se em aplicações mais seguras em detrimento da possibilidade de correr riscos. De fato, toda vez que a Selic fica alta, os investidores perguntam-se: onde eu devo investir agora?

Acontece que, a priori, mesmo com a taxa Selic elevada, deve-se levar em consideração que essa taxa não é a única que serve como parâmetro para investimentos. Em vista disso, é fundamental também ater-se à análise do BACEN, investigando se haverá um aumento, se manterá ou diminuirá, se será rápido ou mais devagar, a taxa Selic futuramente. É a partir desses levantamentos que formam-se expectativas, obviamente, levando em consideração inúmeras variáveis, desde o lado da análise política e seu cenário até as análises fiscais.

Não obstante, deve-se perceber que o mercado financeiro sempre movimenta-se em um sentido de se antecipar em relação a colocação dos preços em seus ativos. Deve-se salientar, também, que esse fator não quer dizer, efetivamente, que o valor da Bolsa estará sempre correto. Na realidade, os preços das ações atreladas a títulos de renda fixa podem oscilar bastante, comportando-se quase de uma forma “irracional”.

Nesse sentido, dizer que a Bolsa poderá despencar devido à alta da Selic é, em certo ponto, um equívoco. A forma correta de abordar essa perspectiva é avaliar se a bolsa, atualmente, já estaria em déficit caso a Selic estivesse em alta. Já existem projeções para 2022 e 2023 referentes à Selic, sendo que a tendência constatada é de que os investimentos transfigurem-se em preços mais baixos tendo em vista o custo de oportunidades, inclusive ações e Fundos Imobiliários. Portanto, o que pode-se concluir é que a Bolsa tende a “sentir” a alta taxa de juros, todavia, esse impacto teoricamente já ocorreu, uma vez que o mercado tende a antecipar-se em relação a essas dinâmicas.

Geógrafo e pseudo escritor (ou contrário), tenho 23 anos, gaúcho, amante da sétima arte e tudo que envolva a comunicação

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