A volta por cima da Sity Express, que quase faliu, mas agora conta com rendimento milionário

Sity é um aplicativo de transporte de cargas, que quase foi a falência durante a pandemia. Porém, Fernando Ângelo, criador da startup, resolveu ousar e criou um plano para expandir as cidades que oferecia seus serviços.

A empresa chegou a ter 70 mil motoristas utilizando seu aplicativo, porém com o avanço da pandemia de covid-19 e suas restrições, os números chegaram a zerar. Diante disso Ângelo entendeu que deveria mudar o modelo de negócio, se reinventando em uma campanha para competir com Fedex e Jadlog.

Foi assim que nasceu a Sity Express, que desde o ano passado opera como se fosse a Uber ou a 99, com motoristas comuns, donos de VANs ou caminhões, trabalhando no transporte de itens de 10 kg a 100 kg.

Ele teve essa ideia pois não queria competir com outras empresas de comércio eletrônico, e preferiu partir para uma área onde atende indústrias, distribuidores, fábricas de equipamentos de informática, editoras e muitas outras.

Hoje a empresa conta com mais de 80 industrias parceiras e mais 200 lojas do Brás em São Paulo, que é a cidade onde o serviço está disponível para coleta. Porém, as entregas podem ser feitas em boa parte do Brasil, e o prazo para isso varia de 24 a 48 horas. Cerca de 20 carros são utilizados para coleta em São Paulo, para os itens serem separados no centro de distribuição e serem enviados para os estados.

São mais de 4 mil cidades atendidas pela Sity Express, distribuídas em 20 estados brasileiros, com exceção da região Norte do país. E o diferencial da empresa, segundo Ângelo, está no rastreamento das entregas, que podem ser acompanhadas pelo WhatsApp.

Como as filiais de entrega são todas terceirizadas, o custo de entrega consegue ser bem competitivo com o mercado. Porém, a concorrência da empresa é bem pesada, com a Fedex valendo mais de US$ 58 bilhões na Bolsa de Nova York, e a Jadlog com mais de 500 mil franquias no país.

Além da empresa de Ângelo, mais mil empresas de pequeno e médio porte estão trabalhando nesse segmento, que tem uma estimativa bilionária, movimentando cerca de R$ 166 bilhões em 2021.

Diante disso, Ângelo planeja atender apenas a região de São Paulo, e não ser tão expansionista como foi com a Sity. Ele espera que o faturamento da empresa chegue a R$ 50 milhões até o final do ano.