Economia
Aeris pede registro para IPO após salto de 127% na receita líquida
Produtora de pás para turbinas de energia eólica quer levantar fundos para modernização e elevação de sua capacidade.
A Aeris, produtora de pás para turbinas de energia eólica, solicitou nesta quinta-feira registro para realizar uma oferta inicial de ações (IPO), em meio a um crescimento na demanda pela geração de energias renováveis.
Ações dos 12 atuais acionistas pessoa física da empresa serão negociadas, visando o levantamento de novos recursos que serão destinados à modernização de duas fábricas e à elevação de sua capacidade. Atualmente a Aeris fabrica cerca de quatro mil pás por ano, incluindo as peças para exportação.
A empresa foi fundada em 2010, e hoje afirma que cerca de 70% do potencial eólico do Brasil está a menos de 500 quilômetros de suas duas fábricas, em Pecém (CE), onde ela produz equipamentos para Vestas, General Electric, Nordex e WEG.
A receita líquida da Aeris no primeiro semestre foi de 753 milhões de reais, aumento de 127% em reação ao mesmo período do ano passado. Sua pretensão é se tornar uma das 500 maiores empresas do país até 2023.
O pedido de IPO vem na esteira de crescente demanda mundial por geração de energia renovável como forma de freiar a tendência de aquecimento da atmosfera provocada pelo consumo de combustíveis fósseis.
A Aeris aponta estudos da Wood Mackenzie no prospecto que mostram que o crescimento da geração de energia eólica no mundo apresentará expansão anual de 4% de 2019 a 2029.
A empresa também quer pegar carona no fato de o Brasil é hoje apontado como detentor das melhores condições geográficas do mundo para geração desse tipo de energia.
“Acredita-se que a energia eólica apresentará uma redução de custo significativa nos próximos anos devido ao aumento de potência dos aerogeradores que comercializados hoje”, explica a companhia.
A operação será coordenada pelo BTG Pactual, XP, Morgan Stanley, Santander Brasil, Citi e Safra.
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