Aftosa: vacinação será suspensa em 16 estados e no DF

O Brasil oficialmente reconheceu os estados do Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal como livres de febre aftosa sem vacinação.

Como resultado, a partir do dia 2 de maio, a vacinação do gado contra essa doença será interrompida nessas áreas, conforme estabelecido pela Portaria nº 665, datada de 21 de março de 2024, do Ministério da Agricultura e Pecuária. Esta decisão foi publicada no Diário Oficial da União dia 25.

Além disso, a medida proíbe o armazenamento e a comercialização das vacinas contra a febre aftosa, exceto em locais autorizados pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) para realizar tais atividades, com o propósito de comércio com outras unidades da Federação que ainda realizam vacinação regular de bovinos e bubalinos.

Segundo a portaria, a compra de novos animais para aumentar o rebanho nesses estados foi suspensa, assim como o comércio de animais entre eles, até que a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) reconheça oficialmente o status sanitário de livre de febre aftosa sem vacinação.

Durante esse período, novos animais só podem ser adquiridos de zonas reconhecidas como livres de febre aftosa com vacinação para abate ou exportação. Em ambos os casos, os animais devem entrar por locais autorizados pelo Serviço Veterinário Oficial e cumprir medidas específicas, como transporte em veículos lacrados e encaminhamento direto para estabelecimentos de abate ou pré-embarque que tenham sido inspecionados pelos órgãos oficiais.

Aftosa

A febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa que afeta animais de casco fendido, como bovinos, ovinos, caprinos e suínos. É causada pelo vírus da febre aftosa (FMDV), pertencente à família Picornaviridae.

Os principais sintomas da doença incluem febre, salivação excessiva, vesículas (bolhas) na boca, nas patas e nas tetas dos animais afetados. A aftosa pode causar perdas significativas na produção animal, resultando em sérios impactos econômicos para a pecuária de um país.

Devido à sua alta transmissibilidade, a febre aftosa pode se espalhar rapidamente entre os rebanhos, causando surtos que requerem medidas de controle rigorosas, como a vacinação em massa, quarentena e restrições de movimentação de animais.

A febre aftosa não representa uma ameaça direta à saúde humana, mas seu impacto na agricultura e economia pode ser devastador. Por isso, a prevenção e o controle da doença são de extrema importância, e muitos países implementam programas de vigilância e erradicação da febre aftosa em suas populações animais.

(Com Agência Brasil).