Moedas
Agravamento fiscal deve continuar pressionando o câmbio em 2022
Analistas apontam que gastos públicos tendem a aumentar, com proximidade do pleito
Mais perto de R$ 6 do que de R$ 5, o câmbio deve seguir pressionado pelo rol de incertezas que permeia a economia nacional e internacional, nos próximos meses, apontam especialistas na matéria, ao projetarem pressão de alta, também, sobre os preços do petróleo, o que deve afetar, por tabela, as cotações do dólar.
Agravamento fiscal – Esse quadro, entretanto, pode se tornar ainda mais imprevisível, por conta do provável agravamento da crise fiscal e dos desembolsos ‘sociais’ promovidos pelo Executivo da hora, ávido de se garantir, para mais um mandato, no próximo ano, o que pode descambar em maior risco Brasil e uma flutuação mais acentuada da moeda ianque.
Cenário incerto – Experiente na observação de tais períodos atípicos (leia-se, eleitorais), o analista da corretora Guide, Victor Beyruti explica que “toda vez que o cenário político e econômico do país parece mais incerto, o mercado responde de forma negativa e há uma tendência de buscar o dólar, por ser uma moeda mais forte”.
Variações amplas – Ao estimar uma faixa de R$ 5,50 a R$ 5,60 para o padrão ianque, no final de 2022, a Guide, admite que devam ocorrer, até lá, “variações mais amplas de preço, motivadas justamente pelas incertezas, mas sem possibilidade de aumento mais expressivo, de forma sustentada”.
Juros dos EUA sobem – O analista da Guide lembra, ainda, que a elevação dos juros pelo Federal Reserve (Fed), banco central estadunidense, (prevista entre 0% e 0,25%) para o ano que vem, com o objetivo de controlar a inflação ianque, igualmente deve afetar o câmbio.
Atração fatal – “Quando a economia mais segura do mundo oferece uma recompensa maior pelo capital, a tendência é que haja sempre um fluxo de recursos para lá. Isso contribuiria para a desvalorização não só do real frente ao dólar, mas de todas as outras moedas”, projeta Beyruti
Alta da dívida – Com projeções para o câmbio que variam entre R$ 5,60 e R$ 5,80 para o final do próximo ano, o relatório do C6 Bank acentua que “a depreciação do real projetada para 2022 ocorre parcialmente em função da alta esperada da dívida líquida do governo no ano que vem”, afirma relatório do banco.
Benefício garantido – Sob o ponto de vista fiscal, a aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Precatórios pelo Senado, a 2 de dezembro último, abre margem orçamentária de R$ 106 bilhões, montante do qual parte financiará o ‘benefício’ de R$ 400 por família, do programa social eleitoreiro do Executivo, o Auxílio ‘pleito’ Brasil.
Saúde comprometida – Embora reconheça que a PEC compromete a ‘saúde fiscal’ do país, a analista da XP, Jennie Li, ressalva, no entanto, que a medida serve para indicar de “quanto será o aumento dos gastos públicos e a origem desses recursos”.

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