Economia
Amante de Chocolate? Prepare-se para Pagar Mais
O cacau, ingrediente essencial para a fabricação do chocolate, está vendo seu preço lá em cima, batendo recordes de alta.
Nos últimos tempos, o bolso de quem adora chocolate vai sentir uma diferença, e não é por menos. O cacau, ingrediente essencial para a fabricação do chocolate, está vendo seu preço lá em cima, batendo recordes de alta. Mas o que está por trás dessa alta nos preços?
Os grandes jogadores: fundos de hedge
Os fundos de hedge, que aqui no Brasil podemos chamar de ‘primos’ dos fundos multimercado, estão jogando pesado no mercado do cacau. Com a safra não muito boa na África Ocidental, onde boa parte do cacau mundial é produzido, e apostas de que o preço só vai subir, esses fundos resolveram investir alto.
Estamos falando de algo em torno de 8,7 bilhões de dólares (ou algo próximo dos 43 bilhões de reais) em apostas futuras sobre o cacau em mercados importantes como Londres e Nova York. Esse movimento é um recorde, segundo dados de uma agência governamental americana que fica de olho nesses mercados futuros.
Efeito dominó no mercado
Embora esses fundos não sejam os vilões da história, eles acabam influenciando no aumento dos preços, tornando os movimentos do mercado mais intensos, especialmente em um cenário onde há menos dinheiro circulando.
A maioria desses fundos opera de forma sistemática, usando algoritmos para seguir as tendências do mercado e, de acordo com especialistas, o cacau tem sido uma das apostas mais lucrativas para eles neste ano.
Quem sofre com a alta?
Os primeiros a sentir o baque são os grandes processadores de cacau, aquelas empresas que transformam o grão em manteiga de cacau e outros derivados. Com os preços nas alturas, fica complicado garantir matéria-prima suficiente para atender a toda a demanda dos fabricantes de chocolate.
Além disso, a volatilidade do mercado dificulta ainda mais a vida desses processadores, que têm dificuldade em se proteger contra as constantes mudanças de preço.
E os produtores de cacau?
No lado dos produtores, especialmente em países como Gana e Costa do Marfim, que são gigantes no fornecimento mundial de cacau, o impacto ainda não é sentido de imediato. Isso porque os preços que estão em alta agora refletem vendas que foram feitas há mais de um ano.
Contudo, quando a nova temporada de cultivo começar, em outubro, é que os agricultores vão realmente perceber a mudança. Aqui surge outra preocupação: medidas governamentais para fixar preços podem mais atrapalhar do que ajudar, dificultando o equilíbrio entre oferta e demanda.

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