Americanas (AMER3) está perto de acordo com credores, diz jornal

A Americanas (AMER3), varejista brasileira envolvida em suposta fraude contábil, e agora em processo de recuperação judicial, está próxima de fechar um acordo com seus credores.

Levantamento do Estadão aponta que advogado e bancos envolvidos no caso disseram que um acordo deve ser fechado até junho.

De acordo com o jornalão, a tentativa de estruturar um fundo de recebíveis de R$ 2,5 bilhões para dar liquidez à companhia, que ficou sem crédito no mercado, porém, não deu certo.

Também traz que o FIDC da Americanas usaria as vendas a cartão de crédito da rede de varejo, que têm risco baixo, como garantia.

E acrescenta que por ser um crédito novo também ficaria de fora das discussões da recuperação judicial. Cinco gestoras especializadas em comprar papéis de empresas em dificuldade financeira estavam participando da iniciativa – Lumina, Jive, Strata Capital, Prisma e BBM Bocom.

Dentre os motivos que levaram ao engavetamento da operação, disseram fontes, está o desconforto que a estrutura causaria em meio ao acirramento da briga judicial dos bancos credores com o trio de acionistas de referência – Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles.

Americanas (AMER3): o caso

Vale lembrar que no dia 8 de janeiro de 2023 o ex-CEO Sergio Rial deu luz a uma inconsistência contábil da ordem de R$ 20 bilhões.

O executivo estava no cargo há menos de dez dias e pediu sua saída. Na sequência, a varejista entrou com pedido de recuperação judicial no Brasil e nos EUA, demanda aceita pela Justiça dos dois países.

Depois, constatou-se que as dívidas totais da rede superavam os R$ 40 bilhões, sendo que boa parte desse montante pertence a bancos de instituições de investimentos.

Desde então, a varejista tem tentado negociar com estes credores, mas sem sucesso, por enquanto. Suas operações tiveram grande perca, inclusive na plataforma de marketplace, com a evasão dos comerciantes parceiros.