Empresas
Americanas divulga indicadores não auditados; veja
Companhia atua no varejo.
A Americanas (AMER3) anunciou os indicadores financeiros gerenciais, não auditados, relativos ao desempenho operacional de 2023 e ao primeiro trimestre de 2024. A receita líquida alcançou R$ 14,940 bilhões em 2023 e R$ 3,759 bilhões nos primeiros três meses de 2024.
Quanto ao lucro bruto, registrou R$ 4,385 bilhões no ano anterior e R$ 1,267 bilhão no primeiro trimestre deste ano. Já o Ebitda ajustado ficou negativo em R$ 1,622 bilhão em 2023, porém, conforme a varejista, “apresentou melhora em termos absolutos em comparação com 2022, principalmente devido à expansão da margem bruta”.
No primeiro trimestre de 2024, a Americanas conseguiu reverter o Ebitda ajustado para um resultado positivo de R$ 284 milhões.
Americanas (AMER3): fraude contábil
A Americanas confirmou oficialmente, em junho do ano passado, que enfrentou uma fraude bilionária em seus resultados financeiros.
Elaborado por assessores jurídicos que acompanham a varejista desde o início de sua recuperação judicial em 19 de janeiro, o relatório foi apresentado ao conselho de administração da Americanas na segunda-feira (12).
Aqui estão os quatro principais pontos revelados, à época:
- Fraudes da diretoria anterior: O relatório aponta que as demonstrações financeiras da empresa foram fraudulentas, elaboradas pela antiga diretoria que atuou até o final do ano passado. Nomes como Miguel Gutierrez, Anna Saicali, Timotheo Barros e Márcio Meirelles foram formalmente acusados no documento e provavelmente enfrentarão investigações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e outras autoridades.
- Esforço para ocultar a real situação: A diretoria anterior da Americanas trabalhou em conjunto para ocultar o esquema de fraude e inflar os lucros da empresa, resultando em pagamentos elevados de bônus para os executivos. Mais de R$ 500 milhões foram pagos à diretoria da empresa na última década, uma quantia muito acima do padrão do setor.
- Incentivos comerciais artificialmente criados: Um rombo de R$ 21,7 bilhões originou-se em verbas publicitárias tradicionalmente negociadas entre a indústria e o varejo. A Americanas contabilizava essas verbas antes de recebê-las e, muitas vezes, mesmo com compras canceladas, as verbas não pagas não eram retiradas do balanço.
- Financiamentos inadequadamente contabilizados: A empresa fraudou R$ 20,6 bilhões em empréstimos tomados, um esquema que veio à tona em janeiro de 2023, quando o então CEO, Sérgio Rial, renunciou ao cargo. Não se pode afirmar o nível de conhecimento de cada sócio em relação a esses números, mas indicações recentes sugerem que Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira devem se afastar temporariamente da gestão direta da empresa até que ela se recupere judicialmente.
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