Americanas e Bradesco se aproximam de acordo e desligamento de funcionários continua

A Americanas (AMER3), varejista envolvida em suposta fraude contábil, e o Bradesco (BBDC4) se aproximam de acordo e o desligamento de funcionários da rede de lojas continua.

Ontem os advogados da instituição financeira concordaram em suspender por 180 dias o processo de produção antecipada de provas em seu litígio contra a empresa e seus acionistas Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.

Vale lembrar que a Americanas está em recuperação judiciao e desligou mais 177 funcionários, sendo 117 de forma voluntária, na semana de 9 a 15 de outubro.

Entretanto, a varejista informou que em igual período admitiu 251 colaboradores e fechou duas lojas físicas.

Em nota, elencou que o número total de lojas em 15 de outubro era de 1.778, correspondente a 94,5% do período anterior ao deferimento da recuperação judicial, ocorrido em janeiro. Na semana passada, o total de pagamentos somou R$ 497 milhões e o total de recebimentos, R$ 403 milhões.

A ação AMER3 encerrou o dia 18 cotada a R$ 0,79.

Americanas (AMER3)

Um levantamento do Estadão aponta que em oito meses a varejista perdeu 6,2 milhões de consumidores, encerrando agosto com 42,9 milhões de clientes ativos.

O jornal teve acesso a um documento que aponta que a sangria acontece desde 12 da janeiro, quando veio a público uma fraude contábil de mais de R$ 20 bilhões que está sob investigação.

O periódico informa que o balanço de 2022 da varejista, que deveria ter sido publicado no início do ano, deve sair em 31 de outubro. Sem esses números, o acordo da empresa com os bancos credores não pode ser fechado.

O caso

Na primeira quinzena de janeiro de 2023 o ex-CEO Sergio Rial trouxe a público informações de inconsistências contábeis da ordem de R$ 20 bilhões. Na sequência, ele deixou a empresa menos de dez dias após ter assumido o posto. Poucas semanas depois a Americanas entrou com pedido de Recuperação Judicial. A dívida total da rede chega a R$ 40 bilhões.