Americanas vende financeira e aprova aumento de capital

Enquanto a venda de ativos principais, como o Hortifruti Natural da Terra, ainda não avança, a Americanas (AMER3) está prosseguindo com a alienação de seu portfólio e está vendendo a financeira Parati.

Levantamento de O Globo informa que a compradora é a fintech cearense Meu Tudo, especializada em crédito consignado e correspondente bancária da própria Parati. Em meados de 2021, a Meu Tudo recebeu um investimento do Goldman Sachs, que adquiriu uma participação na fintech e ofereceu mais de R$ 2 bilhões em financiamento para os fundos da empresa.

Após atualizar o cronograma do processo de recuperação judicial, a varejista finalmente homologou o aumento de capital para uma injeção bilionária na companhia.

Ontem, o conselho de administração da varejista aprovou o aumento de capital por meio da emissão de novas ações.

Americanas (AMER3)

A proposta, aprovada em maio durante Assembleia Geral Extraordinária (AGE), prevê a emissão de mais de 18 bilhões de ações da companhia a um preço de R$ 1,30 cada.

Dessas ações, cerca de 9 bilhões serão subscritas pelos credores da companhia, como parte da capitalização de novos créditos. O restante será destinado a novos acionistas por meio do exercício do direito de preferência e da subscrição de sobras, conforme o comunicado divulgado pela Americanas.

Com isso, o aumento de capital da varejista totaliza R$ 24,46 bilhões. Os acionistas de referência Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira comprometeram-se a injetar pelo menos R$ 12 bilhões.

Emissão

Após a emissão bilionária, o capital social da Americanas será de R$ 39 bilhões. Com o aumento de capital e a mudança na composição acionária, o trio de bilionários e seus afiliados deverá deter 49,2% da empresa.

A negociação das novas ações emitidas está marcada para começar amanhã, sexta-feira (26).

Além do aumento de capital, a Americanas realizará um agrupamento de ações, que será efetivado no dia 26 de agosto, conforme o cronograma divulgado pela companhia.

O agrupamento das ações ordinárias será feito na proporção de 100 para 1. Ou seja, 100 papéis AMER3 serão consolidado em uma nova ação, e o preço será ajustado proporcionalmente. O objetivo é reduzir a volatilidade das ações na bolsa brasileira e eliminar a condição de ‘penny stock’, que são ações negociadas abaixo de R$ 1.