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Economia

Anbima avalia que deságios recentes nas LFTs não causam preocupação e podem criar oportunidades

Papeis estão refletindo as perspectivas de mercado sobre o compromisso do governo com o teto de gastos, disse a associação.

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O vice-presidente da Anbima, Carlos André, analisou nesta quinta-feira que os deságios recentes nas LFTs, títulos pós-fixados atrelados à Selic, não causam preocupações maiores, e acrescentou que a associação, que agrega entidades dos mercados financeiro e de capitais, tem discutido o assunto com o Tesouro.

A volatilidade nas LFTs não é comum, mas, como qualquer outro ativo, os papéis estão refletindo as perspectivas de mercado sobre o compromisso do governo com o teto de gastos, disse Carlos André.

Segundo ele, o desempenho dos papéis está ligado à gestão do financiamento da dívida pública por parte do Tesouro.

“Não há aqui preocupações de maior grandeza em relação ao que que isso no final das contas representa”, afirmou.

“Enxergo como uma acomodação de preços e que a tendência é que em algum momento isso se estabilize e volte ao normal, eventualmente até como uma oportunidade, dado que você vai ter uma rentabilidade desse tipo de ativo olhando para frente melhor do que olhando pra trás”, acrescentou.

A LFT, antes vista como um título livre de risco, tem sido tido pouca demanda em meio ao baixo nível histórico dos juros básicos, atualmente em 2% ao ano. Dessa forma, o Tesouro tem diminuído a colocação desses papéis e priorizado a oferta de títulos prefixados curtos.

Os títulos são importantes tanto para a indústria de fundos de renda fixa, quanto para serem utilizadas como garantia em operações com derivativos.

As LFTs terminaram setembro com a primeira redução mensal no preço em 18 anos, com queda de 0,27% segundo o índice IMA-S da Anbima. No acumulado no mês até agora, as LFTs já registram perda de 0,43%.

Na segunda metade do mês passado, os fundos de renda fixa tiveram um resgate líquido de 18,980 bilhões de reais, acrescentou a Anbima, período em que houve um aumento do prêmio cobrado pelos investidores para os papéis em meio ao aumento das preocupações fiscais.

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