Ao subir pela 3ª vez, previsão do IPCA para 2023 atinge 6%

Sinal que consolida o avanço firme da inflação, a previsão do mercado financeiro – por meio do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Banco Central (BC|) – para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano (indicador oficial de inflação) voltou a aumentar (pela terceira vez seguida), agora de 5,98% para 6%, já ‘contaminando’ à de 2024, que também avançou de 4,14% para 4,18%. Para 2025 e 2026, ambas as projeções permaneceram ‘estacionadas’ em 4%.

Em contraponto, o avanço moderado da estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) para 2023 foi interrompido, após várias semanas, ao recuar de 0,91% para 0,90%, o mesmo ocorrendo para o próximo ano, que caiu de 1,44% para 1,40% e para 2025, de 1,76% a 1,72%, ao passo que para 2026, continuou em 1,80%.

Após oito semanas mantida no patamar de 12,75% ao ano, a projeção para a taxa básica de juros (Selic) baixou para 12,50% ao ano. Para 2024, ela se manteve em 10% ao ano; continuou em 9% ao ano (há dez semanas) em 2025, e inalterada (por duas semanas) em 8,75% ao ano para 2026.

No que se refere aos preços administrados, também subiu (a 20ª alta seguida) a projeção para este ano, de 9,79% para 10,20%, bem superior à registrada um mês antes, de 9,36%. Para 2024, houve manutenção da taxa em 4,5% e de 4% para 2025 e 2026, respectivamente.

Quanto aos preços administrados, a projeção do IPCA para 2023 manteve a tendência de alta verificada há 20 semanas e passou de 9,79% para 10,20%. Há um mês, a projeção estava em 9,36%. A estimativa para 2024 foi mantida em 4,50% e as 2025 e 2026, continuaram em 4,0%.

Após 11 semanas de estabilidade, a projeção para o dólar neste ano caiu de R$ 5,25 para R$ 5,24, assim como para 2024, que passou de R$ 5,27 para R$ 5,26. Ao mesmo tempo, foram mantidas as previsões para 2025 – como há 17 semanas – em R$ 5,30, e para 2026, em R$ 5,35.

Ainda sobre a evolução do IPCA, a previsão deste ano continua ‘estourando’ (e muito) a meta de inflação de 3,25% para 2023, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), com intervalo de 1,5 ponto percentual (p.p.) para cima ou para baixo, de 1,75% e 4,75%. De acordo com estudo do BC, é de 83% a probabilidade de ‘estouro’ da meta este ano.