Economia
Aperto monetário amplia de 400 para 700, número de empresas endividadas
Alta dos juros e inflação sem controle foram determinantes para o avanço do endividamento
A conjugação perversa de juros elevados e inflação em alta – ambos já anualizados na faixa de dois dígitos – está atingindo em cheio o mercado corporativo nacional, haja vista a previsão de que o contingente de empresas endividadas (dívidas acima de R$ 150 milhões, ou 3,5 vezes a geração de caixa) poderá saltar, de 400 para 700, até o final deste ano.
Mais do que o dobro – A previsão sombria é do reestruturador operacional, renomado mundialmente, Ricardo Knoepfelmacher – também conhecido como Ricardo K. – ao levar em conta que o número de consultas de companhias, com interesse em processos de negociação de dívidas, mais do que dobrou nas últimas semanas. Para o executivo, o crescimento vertiginoso da inadimplência corporativa deverá ficar mais nítido a partir do primeiro trimestre do ano que vem (1T22).
Sem repasse – “As empresas não têm conseguido repassar a inflação para os preços de seus produtos, ao mesmo tempo em que têm visto aumento de insumos e margens declinantes”, analista K, ao reconhecer que “o salto da Selic, de 2% para 9,5% em pouco mais de um ano e meio, causou um ‘impacto enorme’ no segmento empresarial”.
Fundo de socorro – Em contrapartida, a RK Partners e o Itaú BBA anunciaram, recentemente, a criação de um fundo de R$ 500 milhões, com o objetivo de socorrer empresas em dificuldades, com prioridade para aquelas com capacidade de retomada dos negócios.
Metodologia K. – Para apoiar a reestruturação de empresas em dificuldades – a exemplo do que promoveu no Grupo Odebrecht e nas empresas X, do empresário Eike Batista – Ricardo K. recorre a uma metodologia pela qual é calculado o número de companhias ‘fortemente’ endividadas, além de levar em conta dados do Serasa e de outras fontes privadas.

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