Commodities
Aperto monetário do Fed ‘tira o fôlego’ do petróleo
Enquanto o tipo WTI recuou 1,32%, a US$ 69,96 o barril, o Brent caiu 1,15%, a US$ 75,50 o barril
O aperto monetário adicional (mais 25 pontos-base à taxa de juros ianque), aplicado na véspera, pelo Federal Reserve (Fed), ‘acinzentou’ ainda mais o céu de expectativas em torno do espectro recessivo que ronda a maior economia do planeta, os EUA, como se não bastassem as ‘turbulências’ bancárias atuais.
O fato é que a commodity, após um breve período de valorização, perdeu fôlego e voltou a cair, a exemplo do tipo WTI (EUA) que recuou 1,32% (queda de US$ 0,94), a US$ 69,96 o barril, conforme apurado na New York Mercantile Exchange (Nymex), ao passo que o Brent (referência internacional) para junho caiu 1,15% (US$ 0,88), a US$ 75,50 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Na avaliação da corretora Oanda, predomina ‘muito pessimismo no mercado de petróleo, atualmente, como reflexo do temor, por parte dos investidores, de que a demanda pela commodity não deverá melhorar o suficiente para reduzir os estoques.
“A principal mensagem da reunião monetária do Fed para o mercado de energia é que o banco central provavelmente levará a economia americana a uma recessão”, admitiu, em nota, a corretora, ao comentar que a ‘reabertura chinesa acabou passando ‘a segundo plano’, de maneira a manter o insumo energético no patamar não superior a US$ 70 o barril.
Ante à nova ‘puxada’ nos juros ianques, o presidente do Fed, Jerome Powell previu que “as recentes turbulências no sistema bancário devem ter impacto sobre as condições de crédito a famílias e empresas”, o que deve afetar, também, a atividade econômica e a demanda na terra do Tio Sam.
Na mesma perspectiva sombria, relatório da Capital Economics aponta que a eclosão da crise bancária estadunidense prenuncia a chegada iminente da recessão nos EUA, ainda que o Fed decida, mais à frente, cortar os juros.
Diante desse quadro, o aperto do Fed aumentou a pressão sobre o dólar, cujo enfraquecimento acaba favorecendo, de alguma forma, o mercado do petróleo, sem contar a ‘resiliência’ do mercado de trabalho, ainda que pouco consistente, apontam especialistas.
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