Economia
Após ano volátil, varejo deve enfrentar Natal ‘magro’
Após vencer incerteza fiscal, segmento se ressente de alto endividamento e juros elevados
O que esperar da reta final de 2022, ante um cenário de alta volatilidade, transição de governo, inflação renitente e juros nas alturas?
Como o consumidor, as empresas do segmento de varejo têm encarado um período marcado pelo sobe-e-desce das cotações na bolsa brasileira, em especial, nos últimos pregões, acentuado pelas tensões decorrentes de incertezas fiscais relacionadas à PEC da Transição, cuja tramitação recorde nas duas casas do Congresso culminou com a sua promulgação e abriu margem à aprovação do Orçamento de 2023, ao apagar das luzes de 2022.
Uma vez definido o rumo fiscal do país, pelo menos, nos próximos 365 dias (período de vigência da PEC), os papéis do varejo exibem alívio. Em que pese a alta do início dessa semana, analistas de mercado trabalham com um cenário conservador para esse segmento – com destaque para ações de empresas de ponta, como Magazine Luiza (MGLU3), Americanas (AMER3) e Via (VIIA3) – uma vez que a tendência é de que os juros (leia-se, a taxa básica, Selic, em 13,75% ao ano) demorem a cair mais tempo do que o previsto inicialmente. A queda recente de ações de companhias que atuam no e-commerce – seguida da realização de lucros pelos investidores – é outro sinal que reforça esse quadro adverso.
Para cimentar tal perspectiva, nas últimas semanas, instituições ‘pesos-pesados’, como Goldman Sachs, Morgan Stanley, BB Investimentos e Itaú BBA divulgaram projeções pouco animadoras em relação às empresas do setor, no que toca ao desempenho comercial nas festas de fim de ano.
Tal estimativa decorre de fatores bem concretos, a exemplo do alto comprometimento da renda com o pagamento de dívidas e o elevado patamar dos juros sobre financiamentos, que devem desestimular o consumo, sobretudo, de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, que demandam maior disponibilidade financeira, por parte do consumidor. Seguindo esse raciocínio, a expectativa dos agentes econômicos é de que o Natal de 2022 seja o da ‘comida, bebida e das roupas’, itens de menor valor e que, em geral, são pagos à vista ou parcelados pelo cartão de crédito.
Pela previsão da Confederação Nacional do Comércio (CNC), as vendas natalinas deste ano devem atingir R$ 65 bilhões, montante que equivale ao primeiro crescimento real do setor em dois anos, apesar de ainda ser inferior aos níveis obtidos em 2019. Já a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Est de São Paulo (FCDLESP) projeta recuo de 5%.
Para a Confederação Nacional dos Lojistas (CNDL), por sua vez, admite que a intenção de compra dos consumidores em 2022 caiu em quatro pontos percentuais, em relação ao ano passado (73% contra 77% dos consultados, respectivamente, admitem que pretendem presentear, ao menos, uma pessoa, na data crística).

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