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Após bloqueio, CEO do Telegram reage: ‘missão com privacidade e liberdade’

Aplicativo está suspenso no Brasil por decisão judicial desde quarta-feira (26). Executivo emitiu comunicado, destacando a missão do app.

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Depois da determinação da Justiça brasileira de bloquear o funcionamento do Telegram no país por descumprir ordens judiciais, o CEO do aplicativo, Pavel Durov, reagiu e soltou um comunicado para contrapor a situação.

No texto, Durov afirma que a plataforma tem como missão “preservar a privacidade e a liberdade de expressão” e que a solicitação feita pelo Brasil é “tecnologicamente impossível” de ser atendida.

A mensagem dele foi divulgada na tarde da última quinta-feira (27) direto no canal que ele mantém no Telegram. O executivo citou ainda casos semelhantes ocorridos em outros países.

Sem opção, a não ser ir embora

Ele diz que, em algumas situações, quando a Justiça determina “requerimentos tecnologicamente inalcançáveis”, não resta outra opção para a empresa a não ser deixar o território.

Em casos onde as leis locais vão contra essa missão [preservar a privacidade e a liberdade de expressão], nós, às vezes, temos que deixar tais mercados. No passado, países como China, Irã e Rússia baniram o Telegram devido à nossa posição de princípio em relação aos direitos humanos“, apontou Durov.

Mais ao final do texto, o CEO do Telegram explicou que os pedidos feitos pelas autoridades brasileiras, como dados de perfis inscritos em grupos neonazistas dentro da plataforma, se encaixam nessa suposta situação de “tecnologicamente impossível”.

Apelamos da decisão e estamos ansiosos para a resolução final. Independente do custo, defenderemos nossos usuários do Brasil e o seu direito à comunicação privada“, finalizou.

Ataques a escolas

Vale destacar que os pedidos feitos pelo Brasil ocorreram no âmbito das investigações sobre os massacres ocorridos em escolas. Centenas de pessoas já foram presas em várias partes do país.

Suspeita-se que grupos neonazistas mantidos nas plataformas digitais, entre elas o Telegram, tenham participado e incentivado os ataques recentes.

O aplicativo está suspenso no Brasil desde a quarta-feira (26). Em primeiro momento, ele passou por instabilidade e foi sendo derrubado aos poucos. A criação de novas contas está indisponível, e o acesso só é possível via VPN.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Comunicação Digital, e que trabalha há 14 anos como repórter e redator

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