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Após breve queda em junho (-0,08%), IPCA volta a subir em julho (0,12%)

Variação positiva do índice oficial de inflação confirma resiliência de ‘núcleo inflacionário’, prevista pelo BC 

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Confirmando a alegada resiliência do chamado ‘núcleo inflacionário’, constante nas atas do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom/BC), após breve trajetória de queda, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) saiu de uma deflação de -0,08%, em junho, para inflação de 0,12%, em julho, aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (11). Como resultante, o indicador oficial de inflação agora acumula alta ade 2,99% no ano e de 3,99% em 12 meses.

Sinal que atesta tendência de avanço das taxas, cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram crescimento percentual no mês passado, com destaque para o grupo Transportes, com peso de 0,31 ponto percentual (p.p.) na formação do IPCA, que variou 1,50%, no comparativo mensal, assim como Vestuário (0,24%), Comunicação (0,00%), Artigos de residência (0,04%); Educação (0,13%); Saúde e cuidados pessoais (0,26%); Despesas pessoais (0,38%). Em contrapartida, recuaram os grupos Habitação (-1,01% e -0,16 p.p.) e Alimentação e bebidas (-0,46% e -0,10 p.p.).

Individualmente, a gasolina foi o item de maior peso (0,23 p.p.) no índice, ao variar 4,75%, em julho, ante uma deflação de 1,14%. Segundo o gerente da pesquisa, André Almeida, “no mês passado, houve reduções aplicadas nas refinarias. A alta de julho capta a reoneração de impostos, com a volta da cobrança da alíquota cheia de PIS/Cofins”. No ano, o derivado de petróleo acumula variação de 11,64%, com contribuição de 0,54 p.p.

Além da gasolina, porém, outros combustíveis também avançaram: gás veicular (3,84%) e   etanol (1,57%), com exceção do óleo diesel (-1,37%). Também subiram a passagem aérea (4,97%) e automóvel novo (1,65%).

No caso do grupo Habitação (-1,01%), o maior impacto da deflação aqui, coube à energia elétrica residencial (-3,89%), com peso de -0,16 p.p. no indicador. “O resultado foi por conta da incorporação do bônus de Itaipu, creditado integralmente nas faturas emitidas no mês de julho”, explica o gerente da pesquisa.

Já a variação negativa do grupo Alimentação e bebidas (-0,46%) foi influenciada pela deflação da alimentação no domicílio (-0,72%), inferior à de junho (-1,07%). Neste campo, o rol deflacionário abrangeu o feijão-carioca (-9,24%), óleo de soja (-4,77%), frango em pedaços (-2,64%), carnes (-2,14%) e leite longa vida (-1,86%). “De maneira geral, podemos dizer que essas quedas estão relacionadas a uma maior oferta dos produtos”, completou Almeida.

A alimentação fora do domicílio (0,21%), por sua vez, apresentou desaceleração em julho, ante o mês anterior (0,46%), em decorrência de elevações menos expressivas do lanche (0,49%) e da refeição (0,15%), menores do que em junho, de 0,68% e 0,35%, respectivamente.

Período TAXA
Julho de 2023 0,12%
Junho de 2023 -0,08%
Julho de 2022 -0,68%
Acumulado do ano 2,99%
Acumulado nos últimos 12 meses 3,99%

 

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Junho Julho Junho Julho
Índice Geral -0,08 0,12 -0,08 0,12
Alimentação e bebidas -0,66 -0,46 -0,14 -0,10
Habitação 0,69 -1,01 0,10 -0,16
Artigos de residência -0,42 0,04 -0,02 0,00
Vestuário 0,35 -0,24 0,02 -0,01
Transportes -0,41 1,50 -0,08 0,31
Saúde e cuidados pessoais 0,11 0,26 0,01 0,03
Despesas pessoais 0,36 0,38 0,04 0,04
Educação 0,06 0,13 0,00 0,01
Comunicação -0,14 0,00 -0,01 0,00

 

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação
Acumulada (%)
Junho Julho Ano 12 meses
Belém 6,95 -0,10 0,39 3,20 5,00
Porto Alegre 7,15 -0,08 0,28 2,96 3,15
Rio Branco 0,72 -0,31 0,15 2,63 3,75
Curitiba 7,37 0,09 0,14 3,27 3,56
Recife 5,60 0,38 0,13 2,63 3,30
Aracaju 1,29 0,28 0,09 3,37 4,33
Fortaleza 5,16 -0,25 0,06 3,05 3,40
Salvador 7,92 -0,33 0,02 2,75 3,70
São Luís 3,47 -0,55 -0,04 0,96 2,17
Brasília 1,97 -0,41 -0,06 1,82 3,71
Goiânia 4,43 -0,86 -0,06 1,85 3,66
Vitória 1,91 -0,03 -0,21 2,64 4,77
Campo Grande 1,73 -0,25 -0,22 2,73 3,03
Rio de Janeiro 9,38 -0,20 -0,27 1,90 2,69
São Paulo 24,60 -0,09 -0,28 2,40 3,62
Belo Horizonte 10,35 0,34 -0,48 3,13 3,39
Brasil 100,00 -0,10 -0,09 2,59 3,53

 

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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