Economia
Após estabilidade, produção industrial cai 0,3% em janeiro deste ano
Segundo o IBGE, patamar produtivo do setor está 2,3% aquém do período da pandemia
Após de registrar estabilidade em dezembro último, a produção industrial do país recuou 0,3% em janeiro deste ano, no comparativo mensal, aponta a Pesquisa Industrial mensal (PIM), divulgada, nesta quinta-feira (30), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ante janeiro de 2022, o primeiro mês de 2023 teve alta de 0,3%, mas queda de 0,2% em 12 meses.
Para o gerente da pesquisa, André Macedo, “com esses resultados, o setor industrial se encontra 2,3% abaixo do patamar pré-pandemia, ou seja, fevereiro de 2020, e 18,8% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011”, ao comentar que, a despeito de ter exibido melhora no final do ano passado, a produção industrial reduziu o ritmo em 2023, ‘o que torna mais distante a possibilidade de recuperação das perdas sofridas em passado recente’.
Como reflexo do ‘desaquecimento’ industrial, 11 das 25 atividades pesquisadas pelo instituto tiveram redução, na passagem de dezembro para janeiro, com ênfase para produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-13%); veículos automotores; reboques e carrocerias (-6%), produtos alimentícios (-2,1%) e produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,5%). Em contraponto, entre as 14 atividades que avançaram, o destaque coube às indústrias extrativas (1,1%) e produtos diversos (9,2%).
No que se refere à quatro grandes categorias econômicas da indústria, somente a de bens de consumo semi e não duráveis ficaram no ‘azul’, no período analisado, ao variar próximo da estabilidade (0,1%). Entre as quedas, destaque para as máquinas e equipamentos, (-4,2%); insumos industrializados (- 4,2%) e bens de consumo (-1,3%).
Ante janeiro de 2022, o avanço da produção industrial esteve presente em duas das quatro categorias do setor, em nove dos 25 ramos, em 38 dos 80 grupos que o compõem, além de 47,1% dos 789 produtos pesquisados. Entre os itens, as principais influências positivas corresponderam aos produtos alimentícios (4,6%); produtos farmoquímicos e farmacêuticos (34,1%); indústrias extrativas (2%); outros equipamentos de transporte (27%) e veículos automotores subiu 2,2%.
“Embora a produção industrial tenha mostrado alguma melhora de comportamento no fim do ano, uma vez que marcou saldo positivo nos últimos meses de 2022, ela inicia 2023 em queda, se distanciando da possibilidade de recuperação das perdas do passado recente”, conclui Macedo.
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