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Agronegócio

Após posicionamento da PGR contra ‘marco temporal’, indígenas celebram em Brasília

O “marco temporal” define que os indígenas só podem reivindicar terras que ocupavam até 5 de outubro de 1988

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Na última semana, a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou sobre o “marco temporal” para demarcação de terras, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Indígenas que acompanhavam o julgamento, celebraram e se emocionaram.

O “marco temporal” define que os indígenas só podem reivindicar terras que ocupavam até 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal. Desde semana passada o grupo indígena estava acampado em Brasília, para acompanhar o julgamento, sendo eles contrários a essa hipótese.

A cacique Culung Teie, do povo Xokleng Konglui do Rio Grande do Sul, se ajoelhou para agradecer em meio ao pranto durante a celebração do parecer da PGR. “Me emocionei porque o meu pai, cacique Vei-Tcha Teie, que começou a luta pela demarcação da nossa terra. Aqui estamos eu, filha, os netos, os bisnetos dele. Ele morreu há 2 anos, mas o espírito dele está presente. Meu pai entrou por essa porta para levar o documento da terra indígena. Ele se foi, mas eu sigo aqui lutando”, disse a cacique.

O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o tema que estava sendo analisado há três sessões, antes mesmo da apresentação do voto do relator, ministro Edson Fachin.

Em seguida, o grupo saiu em marcha do acampamento, localizado na Fundação Nacional das Artes (Funarte), em direção à Praça dos Três Poderes, onde acompanharam o julgamento por meio de um telão instalado pelo movimento. Além disso, o evento ainda contou com a presença do cantor Tico Santa Cruz, da banda Detonautas. A previsão é que o julgamento seja retomando no dia 8 de setembro.

Jornalista desde 2015. Pós graduada em Comunicação e Marketing desde 2020. Contadora de histórias desde sempre.

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