Automobilística
Após quase uma década, fabricante de motos elétricas declara falência
Apesar do reconhecimento global, fabricante de motos elétricas decretou falência em 2024. Veja o que levou à decisão.
Em outubro de 2024, o mercado de veículos elétricos perdeu uma de suas representantes mais emblemáticas: a Energica Motor Company, fabricante italiana de motos elétricas de alta performance, anunciou oficialmente o encerramento das operações.
A empresa, que teve sua falência homologada judicialmente, justificou a medida como necessária para assegurar o pagamento de seus credores, mesmo após um período de recordes de vendas e inovação tecnológica.
A decisão foi confirmada após a reunião do conselho, realizada em 14 de outubro. Segundo a companhia, desafios logísticos, dificuldades na cadeia de suprimentos e a redução de investimentos acabaram tornando insustentável a continuidade do negócio.
Fundada em 2014, a Energica rapidamente ganhou projeção internacional com modelos como a Ego+ RS, conhecida por sua potência de 170 cavalos, e a Eva Ribelle, lançada em 2019.
Legado de inovação e impacto no setor de motos elétricas

A trajetória da Energica deixa um legado de inovação e desenvolvimento tecnológico no segmento de duas rodas. Ao longo de quase uma década, a marca mostrou que motos elétricas também podem oferecer desempenho de ponta, contribuindo para a evolução da mobilidade sustentável. O fechamento da empresa, no entanto, não apaga seu papel na popularização desses modelos.
Entre os marcos mais notáveis está sua atuação como fornecedora exclusiva da categoria MotoE do MotoGP, papel que desempenhou até o fim da temporada de 2022. Esse envolvimento colocou a Energica em evidência no cenário internacional e ajudou a consolidar a viabilidade das motos elétricas em competições de alto desempenho.
O episódio também evidencia as vulnerabilidades enfrentadas por empresas do setor elétrico, especialmente aquelas que operam com produtos de nicho e alta especialização. Apesar da crescente demanda por veículos sustentáveis, as oscilações econômicas globais e a pressão por inovação constante continuam sendo barreiras relevantes.
Setor continua em movimento
Apesar da falência da Energica em outubro de 2024, o mercado de motos elétricas segue promissor. Outras empresas do setor continuam expandindo suas operações, impulsionadas pelo interesse crescente em soluções sustentáveis e econômicas. A falência da marca italiana, nesse contexto, funciona mais como um sinal de alerta do que como um indício de crise generalizada.
Investir em motos elétricas ainda vale a pena, principalmente para quem busca inovação e consciência ambiental. No entanto, é preciso estar atento: o sucesso nesse mercado depende não só da tecnologia, mas também da capacidade de adaptação frente aos desafios de um setor ainda em construção.
Vale destacar que fatores como infraestrutura de recarga, incentivos governamentais e preço final ao consumidor ainda ditam o ritmo de crescimento do setor. Em países onde esses pontos estão mais avançados, a adoção tem sido mais acelerada.
No Brasil, o avanço é gradual, mas cada etapa reforça a aposta em um futuro mais limpo e silencioso sobre duas rodas.

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