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Economia

Após se manter estável em março, IGP-M ‘tomba’ 0,95% este mês

Com o resultado, ‘inflação do aluguel’ exibe deflação de 0,75% no ano e de 2,17% em 12 meses

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Após se aproximar da estabilidade em março último – avanço de 0,05% – o IGP-M (a chamada ‘inflação de aluguel’) despencou, com uma deflação de 0,95% em abril, superando as expectativas de analistas de mercado, apontou, nesta quinta-feira (27), o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação de Getúlio Vargas (Ibre-FGV). Em contraste com a deflação de 0,75% acumulada no ano e de 2,17% no saldo de 12 meses, em abril do ano passado, o indicador havia apresentado alta de 1,41% e elevação de 14,66% em 12 meses.

Segundo o coordenador dos Índices de Preços do Ibre-FGV, André Braz, “os preços de importantes commodities para o setor produtivo seguem em queda. Soja (-9,34%), milho (-4,33%) e minério de ferro (-4,41%), abrem espaço para descompressão dos custos de importantes segmentos varejistas favorecendo a chegada desses efeitos nos preços ao consumidor. O IPC, ainda que esteja registrando desaceleração, segue pressionado pelos reajustes de preços administrados, como gasolina (2,39%), energia (1,31%) e medicamentos (2,02%). Além disso, os serviços livres também persistem com inflação em elevado patamar. Entre os itens deste segmento, vale destacar o aluguel residencial com alta de 1,31% em abril”.

Maior peso na formação do IGP-M (60%), o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) recuou 1,45% neste mês, ampliando a queda de 0,12% de março. Considerando a análise por estágios de processamento, o grupo Bens Finais avançou 0,81% em abril, superando a elevação de 0,12%, registrada no mês anterior. Neste caso, a maior contribuição veio do subgrupo alimentos processados, que reverteu a deflação de 0,96% para uma alta de 0,65%, de março para abril.

Em contraponto, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) – que possui peso ponderado de 30% no índice geral – cresceu 0,46% este mês, ante uma alta de 0,66% em março, em que três das oito classes de despesa componentes do índice registraram redução. Individualmente, a maior influência veio do grupo Transportes, cuja variação baixou de 2,22%, para 0,85%, no comparativo mensal – com destaque para a ‘desaceleração’ da gasolina, de 2,39% este mês, ante 6,52% de março.

Também apresentaram queda os grupos Habitação (0,84% para 0,62%) e Comunicação (0,46% para 0,21%). Nestas classes de despesa, vale mencionar os seguintes itens: aluguel residencial (2,73% para 1,31%) e tarifa de telefone móvel (1,18% para 0,55%).

Ao mesmo tempo, subiram os grupos Educação, Leitura e Recreação (-1,50% para -0,96%), Alimentação (0,14% para 0,36%), Vestuário (0,20% para 0,31%), Despesas Diversas (0,13% para 0,18%) e Saúde e Cuidados Pessoais (1,00% para 1,01%) apresentaram avanço em suas taxas de variação.

Com peso de 10%, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) também aumentou 0,23% em abril, superando o avanço de 0,18%, do mês anterior. Para esse resultado, os três grupos que compõem o INCC exibiram tais variações: Materiais e Equipamentos (-0,07% para 0,14%), Serviços (0,88% para 0,65%) e Mão de Obra (0,27% para 0,23%).

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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