Economia
Após três quedas seguidas na semana passada, juros futuros voltam a subir
Enquanto a taxa DI para janeiro de 2025 avançou para 10,48%, para 2029, esta foi a 10,74%
Após três quedas seguidas e a despeito do bem-sucedido leilão de títulos de 20 anos realizado pelo Tesouro dos EUA – que induziu um alívio na curva dos Treasuries – os juros futuros voltaram ao viés positivo, num dia marcado, no front doméstico, pela escassez de negócios, por conta do feriado da Consciência Negra, adotado de forma pontual, por algumas cidades brasileiras.
Na chamada ‘ponta curta’, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025, passou de 10,420%, no ajuste da sexta-feira (17), para 10,48%; a do DI para janeiro de 2026, subiu 10,11% para 10,20%; a do DI para janeiro de 2027 cresceu de 10,25% para 10,33% e a do DI para janeiro de 2029, que aumentou de 10,66% para 10,74%.
O entendimento do mercado é que o declínio, em médio, da maior parte das taxas, na semana passada, abriu margem para um ajuste dos negócios, nesta segunda-feira (20). Dentro desse raciocínio, as taxas avançaram na parte da manhã, enquanto os Treasuries estavam ‘sem direção’. Tal ‘ímpeto’, porém, foi perdido, no meio da tarde, depois que o Tesouro ianque realizou um leilão de US$ 16 bilhões em T-bonds de 20 anos, em que a taxa bid-to-cover (que serve como ‘indicativo’ de demanda), ascendeu a 2,58 vezes, acima da média de recente, de 2,52 vezes. Enquanto as taxas ‘longas’ começaram a recuar, também a queda, das taxas futuras, na média, se reduziu, no final da tarde.
Para o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, “os investidores estão demandando menos prêmios na taxa de juros americana. Menos prêmios nos EUA reduz atratividade das taxas lá, leva à queda do dólar e do DI longo”, ao lembrar que o “comportamento do câmbio de emergentes é um bom termômetro sobre o apetite dos investidores”. Como reflexo, o dólar à vista concluiu a sessão em baixa de 1,10% a R$ 4,8517.
Ainda durante o dia, as taxas futuras foram influenciadas pela divulgação da pesquisa Focus – consulta semanal do Banco Central (BC) às 100 maiores instituições financeiras nacionais – que mostrou estabilidade das projeções do IPCA para os próximos anos.
Para a semana, a perspectiva é de uma agenda econômica escassa, o que aumenta a relevância da questão fiscal do governo. Exemplo disso é a apreciação, nessa terça-feira (21), pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, do relatório do projeto de lei (PL) que taxa fundos offshore e fundos exclusivos.
Também é aguardada, para essa semana, a votação, pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, do relatório final da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, em que o Planalto evitou apresentar emendas, tendo em vista manter a meta de déficit primário zero em 2024.
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