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Commodities

ARC Mercosul corta projeções para soja e milho 20/21 do Brasil após seca

Produção de soja do Brasil 2020/21 deve alcançar 128,34 milhões de toneladas, e a de milho 106,5 milhões de toneladas.

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A ARC Mercosul estimou nesta sexta-feira que a produção de soja do Brasil 2020/21 deve alcançar 128,34 milhões de toneladas, uma redução de cerca de 800 mil toneladas em relação à sua previsão anterior devido ao impacto da seca nas lavouras da oleaginosa, o que também resultou em uma revisão para baixo nas previsões para o milho.

A expectativa da consultoria para a área de plantio de soja também foi cortada, a 38,25 milhões de hectares, versus 38,43 milhões de hectares esperados anteriormente.

“Tanto no Paraná quanto no Centro-Oeste como um todo, os produtores conseguiram compensar ou tirar grande parte do atraso causado pela seca em setembro… (isso) não significa que a produtividade vai ser a mesma”, disse Alexandre Inácio, diretor da ARC.

Inácio afirmou que Mato Grosso, principal produtor da oleaginosa no país, as chuvas de setembro, necessárias para o início da semeadura, ficaram 75% abaixo da média de 2019, quando a temporada já registrou um começo mais seco.

Dessa maneira, uma parte das primeiras lavouras semeadas em 2020/21 não se desenvolveu e os produtores precisaram fazer replantio.

“Agora está chovendo, o que permitiu que a semeadura alcançasse os níveis do ano passado, mas as precipitações seguem irregulares e com volume menor… E o que vem pela frente também não nos anima”, disse o diretor.

Em dezembro, com o início do verão, as temperaturas tendem a subir, o que geraria um novo problema para a produtividade, caso as chuvas continuem abaixo da média, explicou ele.

“A produtividade dos Estados do Centro-Oeste como um todo tende a cair, porque a necessidade de água das plantas pode não ser condizente com as precipitações que estão previstas até o fim do ciclo”, acrescentou.

Milho

A expectativa da ARC para o milho de que a produção brasileira total some 106,5 milhões de toneladas em 2020/21, quantidade menor do que a esperada em relatório anterior, de 107 milhões de toneladas. A projeção de área continuou estável em 18,44 milhões de hectares.

“Acreditamos que algumas regiões devam ter um aumento da área plantada por conta dos preços, porém, em outras regiões também vamos encontrar uma queda de produtividade por conta do atraso no plantio da soja que compromete a janela de plantio da safrinha”, disse Inácio.

Se o plantio da segunda safra de milho for feito em fevereiro, disse ele, a possibilidade de não haver chuva em meados de abril/maio, quando o cereal mais precisa, cresce e coloca em risca produtividade.

“Mesmo assim, os preços estão muito bons e os sinais que temos é de que o produtor está disposto a correr mais riscos”, completou.

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