Arezzo anuncia compra da Vicenza, famosa marca de sapatos

Desde 2020, a Arezzo demonstra interesse em se tornar uma grande “casa de marcas”, assim, na última terça-feira (17), anunciou a compra da Vicenza, uma importante marca de sapatos.

Atuando a mais de 30 anos no ramo dos calçados e bolsas voltado ao público feminino, a Vicenza foi avaliada em R$ 173 milhões.

Além de estar presente em cerca de 700 multimarcas em solo brasileiro, a Vicenza conta com público em países como França, Portugal, EUA e Itália, dessa forma, parte dos 1.800 itens produzidos diariamente pela marca são destinados à exportação. Apenas em 2022, o lucro bruto da marca foi de aproximadamente R$ 80 milhões.

Por sua vez, o CEO da Arrezo & Co., Alexandre Birman, afirma que admira e acompanha o crescimento da marca e acredita que existirão enormes oportunidades com a inserção da Vicenza ao ecossistema da Arezzo.

“Assim como eu, a Rafaela nasceu e cresceu dentro da fábrica, e o sapato está no DNA das nossas famílias. Fico entusiasmado com a entrada dela no grupo e com as inúmeras oportunidades de crescimento“, conta, Birman.

Por sua vez, Rafaela, atual comandante da Vicenza, tendo assumido o posto de seu pai, Ariovaldo Furlanetto, conta que está feliz com a oportunidade de crescimento, sem que seja deixado para trás o legado da marca.

Fora a Vicenza, existem mais dezessete marcas dentro da “Casa de Marcas” criada pela Arrezo. A aquisição pretende expandir o mercado de calçados destinados às classes A e B.

Do valor avaliado, serão pagos em dinheiro apenas 60%, cerca de 103,8 milhões. Os 40% restantes deverão ser incorporados pela Arezzo em formato de ações.

Reação do mercado

A reação do mercado perante a nova aquisição da Arezzo é positiva. Analistas apontam que isso traz um aumento nas vendas no território nacional e internacional.

O esperado era que a Arezzo arriscasse expandir seus horizontes e adquirisse uma marca de roupas de banho ou esportivas, no entanto, ao adquirir a Vicenza, que está dentro do ramo principal da marca, os calçados, os riscos da execução caem.

A operação bem-sucedida é um fator positivo, já que é um passo para a companhia se tornar a “Casa de Marcas” que almeja.