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Economia

Arrecadação federal bate recorde e atinge R$ 2,218 trilhões em 2022

Segundo a Receita Federal, resultado do ano passado é 8,18% superior ao de 2021

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Com aumento real (já descontada a inflação) de 8,18% ante 2021 (R$ 2,085 trilhão), a arrecadação de impostos e contribuições federais bateu recorde em 2022 – o maior da série histórica, iniciada em 1995 – alcançando o montante de R$ 2,218 trilhões, divulgou, nessa terça-feira (24), a Receita Federal.

Na estimativa de projeções do Sistema Broadcast, a arrecadação do ano passado poderia variar de R$ 2 203 trilhões a R$ 2,315 trilhões, em linha com a mediana traçada de R$ 2,224 trilhões.

Entre os fatores determinantes da cifra recordista, o órgão atribuiu o crescimento real de 17,73% da arrecadação do IRPJ/CSLL (Imposto de Renda Pessoa Jurídica/Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), em especial, no que se refere aos recolhimentos do ajuste anual e da estimativa mensal, além da alta real de 67,23% na arrecadação do IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte – Capital, em decorrência do bom desempenho dos fundos e títulos de renda fixa.

Ao mesmo, o ‘Leão’ admite que as desonerações federais sobre combustíveis e energia elétrica responderam por uma renúncia fiscal de R$ 120,447 bilhões no ano passado, quantia bem superior aos R$ 72,853 bilhões apurados em 2021. Somente em dezembro, as desonerações somaram R$ 13,129 bilhões, o que representa quase o dobro do registrado em igual mês de 2021 (R$ 6,903 bilhões).

Seguindo a tendência progressiva, a arrecadação de impostos e contribuições federais totalizou R$ 210 191 bilhões em dezembro último, o que equivale a um aumento real (descontada a inflação) de 2,47%, ante igual mês de 2021, que contabilizou R$ 205,120 bilhões. Ante novembro do ano passado, o mês passado apresentou alta de arrecadação de 21,42%. Neste caso, a expectativa das instituições ouvidas pelo sistema de Projeções Broadcast, variava de R$ 205,323 bilhões a R$ 220,50 bilhões, com mediana de R$ 210,0 bilhões.

Confira os fatores que favoreceram recorde da arrecadação de 2022

> Elevação dos preços do petróleo, minério de ferro e alimentos, por sua vez, impulsionados pela guerra da Ucrânia. Enquanto tais altas produziam inflação no Brasil, também implicavam lucros maiores para as empresas desses setores, se refletindo na arrecadação federal.

> Expansão da economia nacional, proporcionando lucro maior às empresas e incentivando a criação de empregos. Nesse sentido, a projeção do mercado financeiro, divulgada pelo Banco Central (BC), o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 chegou a 3%, abaixo dos 5% obtidos no ano anterior.

> A elevação, ao patamar de 13,75% ao ano, dos juros básicos da economia – o maior em seis anos – serviu para incrementar a arrecadação no ano passado, em que o IRRF sobre Rendimentos de Capital auferiu arrecadação de R$ 97,1 bilhões, ou uma alta real de 67,2%.

> A ampliação da massa salarial também favoreceu a alta da arrecadação, por conta do aumento das receitas previdenciárias para R$ 564,7 bilhões, o que permitiu alta real de 5,98%.

Crédito: site G1

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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