Ata do Fed: criptomoedas ‘ameaçam’ estabilidade do mercado financeiro

“Riscos emergentes associados ao rápido crescimento de criptoativos e plataformas financeiras descentralizadas, que podem representar potencial vulnerabilidade ao sistema financeiro”.

Alta volatilidade – Assim descreve o mundo critpo a ata divulgada ontem (16) o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Federal Reserve (Fed), pela qual a autoridade monetária critica a falta de uma regulamentação específica para a atividade, como também a alta volatilidade ‘natural’ das criptomoedas, que amargaram quedas expressivas nos últimos meses.

Quedas acentuadas – No documento, o bc ianque acentua o “crescimento expressivo do mercado de criptoativos, na última década, seguida por uma volatilidade considerável (de preços) e por quedas acentuadas, desde o final do ano passado”.

Riscos potenciais – Os questionamentos do Fed ao mundo cripto já haviam sido feitos, quando da divulgação da ata, em agosto passado, na qual apontava “para riscos potenciais à estabilidade financeira, devido à expansão do mercado de criptomoedas, com destaque para a fragilidade e a falta de transparência associada às stablecoin”, reforçando a importância de monitorá-las de perto e a necessidade de desenvolver uma estrutura regulatória adequada”.

Direção oposta – Na direção oposta ao anúncio do Fed ontem (16), que sinalizou um aumento mais forte das taxas de juros, os preços do Bitcoin recuavam 3,44% a US$ 42.008,00.  Também o Ethereum (ETH) caía 2,6%, a US$ 2.973, informou o site especializado CoinDesk.

Impacto negativo – Um dos aspectos mais relevantes da ata do Fed é a constatação de que, “ante índices crescentes de inflação, a intenção de acelerar a alta dos juros é certamente reforçada”, o que impacta negativamente, tanto as ações, como as criptomoedas.

Seguindo o mercado de ações – Convicto de que o Bitcoin “é um ativo de risco que continuará seguindo os passos do mercado de ações”, o analista de mercado financeiro da Oanda, Edward Moya entende que a principal criptomoeda deverá “continuar a atrair investidores, enquanto o nível de US$ 40 mil se mantiver no curto prazo”, condicionou.

Volumes baixos – Já o diretor e fundador da Nousi Finance, Andrey Nousi, avalia que “os volumes negociados de bitcoin estão muito baixos, desde o início do ano, quando os preços iniciaram o movimento de queda”, ao concluir que “isso mostra ainda muita desconfiança dos investidores em uma alta muito forte”.