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Tecnologia

Até códigos de barras já sofreram preconceito; entenda

Desde sua invenção, os códigos de barras enfrentam desconfiança e mitos.

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Em 1969, Paul McEnroe, da IBM, vislumbrou um futuro em que lasers escaneariam códigos de barras nos supermercados, diminuindo assim rapidamente as filas.

A ideia, inicialmente recebida com ceticismo, prometia transformar o setor de varejo. Porém, a equipe de McEnroe teve que provar a segurança dos lasers, ao lidar com receios de possíveis danos oculares.

Após testes específicos para suprimir esses medos, os temores foram dissipados e a tecnologia começou a ser adotada nos EUA.

O Código Universal de Produtos (UPC) surgiu primeiramente com a leitura de linhas verticais, a fim de facilitar o controle de inventário.

Assim, os supermercados adotaram o sistema, inicialmente em Ohio, em 1974.

Código de barras já foi alvo de teorias da conspiração em 1975 – Imagem: Reprodução/Freepik

Controvérsias e crenças religiosas

Apesar da inovação, os códigos de barras encontraram certa resistência dos consumidores. Protestos surgiram devido à ausência de preços nos produtos, e temores sobre a perda de empregos no setor varejista também foram apontados.

Curiosamente, algumas crenças religiosas interpretaram os códigos de barras como a “Marca da Besta”, uma referência a profecias bíblicas.

Um artigo de 1975 alegava que os códigos de barras seriam tatuados a laser nas pessoas, o que permitiria compras e vendas mais rápidas.

Mesmo com as explicações técnicas, a teoria ganhou força em livros e permanece até hoje em certos círculos.

Grupos religiosos radicais chegaram a evitar produtos com códigos de barras, com a alegação de associação ao Anticristo.

Impactos globais e variações modernas

Atualmente, os códigos de barras são essenciais em vários setores, desde o rastreamento de produtos até a identificação de astrônomos no espaço, sua utilidade é inegável.

No Reino Unido, um programa de saúde relatou economia significativa com o emprego dos códigos de barras.

Hoje, a tecnologia já evoluiu para os QR Codes, o que amplia a capacidade de armazenamento e coleta de dados.

Hackers, porém, exploram códigos maliciosos e alertam sobre possíveis riscos de segurança cibernética.

Futuro e evolução tecnológica

Projetos como o Sunrise 2027 visam a transição para QR Codes, a fim de potencializar informações como validade e instruções de uso. Apesar disso, o modelo tradicional de código de barras deve perdurar devido à sua eficácia comprovada.

Os códigos de barras, invisíveis aos olhares cotidianos, transformaram o comércio e a logística do mundo todo.

Sua história revela o impacto contínuo de uma tecnologia aparentemente simples, mas crucial para o mercado moderno.

Olá, sou John Monteiro, guitarrista e jornalista. Nascido no ano da última Constituição escrita, criado na periferia da capital paulista. Fã de história e política, astronomia, literatura e filosofia. Curto muita música, no conforto da minha preguiça, frequento mais palavras que livrarias.

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