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Economia

Atividade da indústria do Brasil salta em agosto, aponta PMI

Níveis recordes de volume de produção e demanda fazem atividade da indústria brasileira avançar em agosto.

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O Índice de Gerentes de Compras (PMI) apontou nesta terça-feira que a atividade da indústria brasileira avançou em agosto, apoiada nos níveis recordes de volume de produção e na demanda após a flexibilização das medidas de paralisação adotadas para conter a pandemia de Covid-19.

O IHS Markit apurou que o PMI de indústria do Brasil subiu 64,7 em agosto, ante a 58,2 em julho, nível recorde para o levantamento pelo terceiro mês seguido, após recordes de baixa em abril e maio. A marca de 50 separa crescimento de contração.

“O setor industrial do Brasil continuou a se recuperar rapidamente do vácuo de produção que foi aberto quando a pandemia da Covid-19 se estabeleceu”, afirmou o diretor de economia do IHS Markit, Paul Smith.

Com o relaxamento da quarentena no país, o setor industrial registrou crescimentos recordes nos volumes de produção e de novos pedidos em agosto.

De acordo com os entrevistados, a demanda estava sustentando a recuperação, com a atividade de mercado se aquecendo nitidamente. No entanto, o crescimento foi impulsionado pelo mercado interno, já que os novos pedidos para exportação contraíram pelo 12º mês consecutivo.

Novos postos de postos de trabalho voltaram a ser criados em ritmo mais forte em dez anos e meio após o crescimento total nos novos pedidos.

Contudo, a falta de estoques, o aumento da demanda e as taxas de câmbio desfavoráveis, fizeram com que os custos operacionais aumentassem em agosto a um ritmo considerável.

O PMI mostra ainda que a inflação no preço de insumos foi recorde e que os fabricantes brasileiros responderam aumentando também a um nível sem precedentes seus preços cobrados.

A maioria das empresas acredita no aumento na atividade em comparação com os níveis atuais, o que manteve o nível de otimismo em relação aos próximos 12 meses. A expectativa é de que as vendas continuarão em trajetória positiva, diante da recuperação dos impactos da pandemia.

Mas Smith chamou atenção para o fato de que, mesmo que o otimismo em relação ao futuro permaneça elevado e sugira que as empresas esperam ganhos contínuos nos próximos meses, ainda existem eventos preocupantes.

“[…] dificuldades logísticas entre os fornecedores levaram a um alongamento nítido nos prazos de entrega e limitaram o crescimento no mês. Além disso, a escassez de insumos e as taxas de câmbio desfavoráveis induziram um ritmo de inflação de custo de insumos extremamente elevado”, destacou.

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