Automobilística
Automático sem mistérios: Derrubando o mito dos carros de câmbio automático!
Apesar de ser bem aceito atualmente, o câmbio automático em veículos já sofreu bastante preconceito por parte dos motoristas brasileiros. Mas será que aquela velha história de fazer ‘pegar no tranco’ é realmente verdadeira?
O motorista brasileiro tinha bastante preconceito contra veículos de câmbio automático, e apesar disso ter diminuído um pouco durante as últimas décadas, ainda existem aqueles que são resistentes ao modelo.
Agora, quando perguntamos a essas pessoas quais são as razões para tais reservas, as desculpas variam entre uma suposta manutenção mais complicada ou então a dificuldade em encontrar pessoas para reposição.
Essa foi uma das principais razões para que a venda de automóveis de câmbio manual fosse predominante em terras brasileiras até um passado não tão distante assim. Nas décadas de 1960 e 1970 até houve alguns modelos de carros famosos que possuíam câmbio automático, mas eram todos itens de luxo, destinados a um público seleto.
Porém, as aberturas comerciais realizadas nos anos 1990 permitiram um aumento na importação de carros estrangeiros, sendo que a esmagadora maioria deles utilizavam a modalidade.
E, com o passar dos anos, os condutores perceberam o conforto que o câmbio automático proporcionava, ainda mais para dirigir no trânsito urbano, que costuma ser bastante pesado nos horários de pico.
E a história de ‘pegar no tranco’, como isso funcionaria?
Apesar da popularização da referida funcionalidade, muitas pessoas ainda nem desconfiam como ela funciona, e inclusive existe a velha história do “pegar no tranco”.
Exatamente: alguns indivíduos acreditam piamente que, soltando a máquina equipada com câmbio automático ladeira abaixo, fará o carro pegar na marra. Mas tal informação não procede!
Um automóvel equipado com câmbio automático não conta com embreagem para realizar um procedimento como esse. Ele, na verdade, possui um conversor de torque.
Portanto, mesmo que o condutor solte o veículo com a alavanca na posição N e depois, no embalo, puxe para D, ele não irá pegar no tranco. Isso se dá porque o conversor de torque não funciona com o motor desligado.
Resumindo, a menos que tudo esteja ligado, a peça permanece simplesmente inativa. Dessa forma, não tem a menor possibilidade de somente a força das rodas fazer o meio de transporte funcionar.
Os únicos modelos onde tal manobra poderia dar certo são os equipados com câmbio manual. Neles, é só você engatar a alavanca na segunda marcha, pisar na embreagem e soltar o carro na ladeira ou então empurrá-lo.
Quando pegar bem o embalo, basta tirar o pé da embreagem e pronto: o motor volta a funcionar maravilhosamente bem. Mas, novamente salientamos que isso só funciona neste tipo de veículo, em especial.
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