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Economia

Autoridades de bancos centrais analisam seu novo papel em meio a mudanças

Autoridades tentarão entender que novo papel elas devem desempenhar neste novo mundo.

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Autoridades de bancos centrais do mundo buscarão resolver questões existenciais de sua profissão nesta semana, conforme acompanham o simpósio anual de política monetária do Banco Central Europeu, deixando de lado brevemente o enfrentamento à crise do coronavírus.

Batalhando para elevar a inflação fraca por anos, autoridades que incluem os chefes do BCE, Federal Reserve e Banco da Inglaterra tentarão entender por que a política monetária não está funcionando como antes e que novo papel elas devem desempenhar neste novo mundo, seja enfrentando a desigualdade ou transformações climáticas.

No momento, o único consenso é a transformação na ordem econômica.

Os hábitos dos consumidores estão sendo mudados por globalização, mudança climática, digitalização, envelhecimento da população, avanço da desigualdade e a pandemia de coronavírus, o que mantém os preços sob controle e derrubam, às vezes abaixo de zero, a taxa de juros necessária para manter a inflação estável.

“Quaisquer que sejam os fatores estruturais que se escondem por trás do declínio observado nas taxas de juros naturais, a tendência de queda representa desafios importantes para as estruturas de política monetária existentes”, aponta o professor da Universidade de Mannheim, Klaus Adam, em um artigo que será apresentado no simpósio.

A constante falha dos bancos centrais em bater suas metas está começando a desafiar o princípio fundamental da teoria monetária que diz que a inflação é sempre um fator de sua política e que os preços sobem com a redução do desemprego.

É fato que o BCE e o Banco do Japão mantiveram as taxas negativas por anos, revertendo a prática padrão ao recompensar efetivamente os bancos por contratarem empréstimos deles.

Os dois bancos mais do que dobraram seus balanços desde 2015 para quase 15 trilhões de dólares, o que preocupa alguns, ficando cada vez mais perto do financiamento direto dos governos.

Mas inflação quase não saiu do lugar mesmo antes da pandemia e agora está negativa na União Europeia.

Apesar do Fed ter atingido sua meta ele nunca chegou a normalizar a política monetária, e, com a pandemia encolhendo o as economias mundiais, ele também está testando seus limites ao elevar a dívida do governo.

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