Autoridades de parques nos EUA pedem para visitantes não lamberem sapos

Essa semana começou a viralizar na internet um comunicado inusitado feito aos turistas que visitam o Deserto de Sonoran. A solicitação foi emitida pelo Serviço Nacional de Parques dos Estados Unidos, e a solicitação é em prol da proteção dos sapos que vivem no rio Colorado. O comunicado pedia aos visitantes que parassem imediatamente de lamber os sapos que habitam no local.

A nota veio depois que autoridades responsáveis pela preservação da área perceberam que muitos turistas estavam visitando os parques para lamber os sapos da espécie Bufo alvarius. Apesar de ser uma prática considerada por muitos como bizarra e nojenta, as pessoas que estavam fazendo isso procuravam pelo toxina que esse tipo de sapo produz em seu dorso.

Algumas pessoas acreditam que passar a língua no sapo pode proporcionar experiências alucinógenas, como se estivessem drogados. A toxina produzida pelos sapos foi apelidada de “molécula de Deus”. Mesmo com esse apelido angelical, a toxina é perigosa para seres humanos, pois se trata de um veneno que os sapos usam para se defenderem de seus predadores. Ingerir esse líquido pode causar graves doenças ou até mesmo a morte.

“Como dizemos em relação à maioria das coisas que você encontra em um parque nacional, seja uma lesma de banana, um cogumelo desconhecido ou um sapo grande com olhos brilhantes na calada da noite, por favor, evite lamber. Obrigado”. Essa mensagem foi publicada e estampada no perfil oficial do  Serviço Nacional de Parques dos EUA, no Facebook.

Essa prática pode afetar gravemente a sobrevivência dos sapos, pois os animais vivaram alvos de caça ilegal para a venda desse alucinógeno. Alguns grupos podem cobrar até milhares de dólares pela experiência e os efeitos duram em torno de 30 minutos de forma intensa no corpo humano. Ainda não se sabe se esses grupos têm feito alguma droga com a substância encontrada na toxina dos sapos.

O New York Times revelou que a procura pelo sapo que possui essa toxina aumentou nos últimos anos. Por causa desse descontrole, o comunicado do Serviço Nacional de Parques dos EUA foi emitido e divulgado nos portais, revistas e redes sociais.