Ações, Units e ETF's
Auxílio Brasil, Focus e balanço nos EUA pautam segunda do Ibovespa
Benefício eleitoreiro, avanço da Selic e desempenho de economia ianque afetam cotações
Um dia após o ministro ‘fura-teto’ Guedes reafirmar (após ser reafirmado no cargo pelo mandatário de plantão), que o programa social-eleitoral (rebatizado Auxílio Brasil) vai continuar, sim, mais forte do que nunca, o Ibovespa continua refletindo a deterioração do quadro fiscal, subida da inflação e nova alta da Selic (taxa básica de juros), que poderá chegar a 7,75% ao ano, conforme projetou, nessa segunda-feira (25), o boletim Focus do Banco Central (BC), a respeito da próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom/BC), na próxima quarta (27).
Guedes na ribalta – Também para o fim de 2021, o Focus projeta uma Selic de 8,75% ao ano; IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo alçado a 8,96%; PIB recuado de 5,01% para 4,97% e câmbio a R$ 5,45. Além do boletim, a agenda tem direito à divulgação do Índice de Confiança do Consumidor pela Fundação Getúlio Vargas (FGV); dados sobre empréstimos bancários, referentes a setembro último, pelo BC, que também divulga o resultado da balança comercial semanal. No fim da tarde, Guedes volta à ribalta, ao participar do lançamento do Programa de Crescimento Verde.
À revelia – Depois de amargar a pior semana do ano – tombo acumulado de 7,28% – o mercado continua acompanhando a movimentação do Executivo visando emplacar seu auxílio eleitoral, que contaria com uma margem orçamentária de R$ 30 bilhões – ainda este ano – à revelia da regra de ouro do teto de gastos e da responsabilidade fiscal, selo de confiabilidade, ou não, do governo. A bolada poderá chegar a R$ 83 bilhões em 2022, ano do pleito presidencial.
Velocidade moderada – Ironia ou não, a fome é o recurso final do comandante fura-teto da economia, em sua defesa férrea de seu auxílio eleitoral, com linguajar neoliberal surrado, de que agora é preciso “moderar a velocidade da aterrissagem fiscal, para atender a população mais frágil neste momento”. Sem perder tempo, o ministro jogou para o Congresso a responsabilidade da melhoria fiscal, ao defender a conclusão das reformas, se o país quiser atingir o que chamou de ‘solidez fiscal’.
‘Troca justa’ – No mesmo compasso, o investidor offshore garantido pela Constituição em vigor estimou que, somente a reforma administrativa deverá proporcionar uma economia de R$ 300 bilhões, nos próximos oito a dez anos, a título de comparação a um gasto menor, agora, de ‘apenas’ R$ 30 bilhões para o Erário.
Balanço bom – No plano externo, o momento é de índices futuros em leve alta, nessa segunda (25), com perspectiva de se manter assim, ao longo da sessão, por conta dos bons números exibidos nos balanços das companhias norte-americanas, com reflexo global, depois da performance positiva de seus índices – Dow (+5%); S&P (+5%) e Nasdaq (+4%) – por sua vez turbinado para a valorização dos papéis ianques de energia (11%) e de material de finanças (7%).
S&P turbinado – Outro referencial mostra que, das 117 empresas que compõem o S&P, 84% delas registraram ganhos acima da expectativa, conforme previu a consultoria Refinitiv, sem contar a previsão de que 35% das empresas que integram o S&P apresentem melhoria de receita no terceiro trimestre do ano (3T21).
Ásia mista – Com desempenho misto das bolsas locais, o destaque na Ásia fica para volátil China, a exemplo da endividada incorporadora imobiliária Evergrande, cujos papéis (ainda cotados em bolsa), em poucas horas, saíram do ‘olimpo’ de uma valorização de 6% para -0,74%, na bolsa de Hong Kong. O sobe desce acionário decorre da informação, veiculada pela agência britânica Reuters, de que a Evergrande estaria retomando dez projetos do grupo.
Europa estável – Na Europa, o índice Stoxx 600 – composto pelas ações de 600 empresas dos principais setores de 17 países europeus – apresenta estabilidade, com destaque positivo para o setor de mineração, mas negativo para empresas de telecomunicação. Entre as principais commodities, alta para petróleo e minério de ferro.
Principais indicadores
Estados Unidos
Dow Jones Futuro (EUA), +0,03%
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,12%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,25%
Europa
*FTSE 100 (Reino Unido), +0,54%
*Dax (Alemanha), +0,35%
*CAC 40 (França), -0,03%
*FTSE MIB (Itália), +0,76%
Ásia
*Nikkei (Japão), -0,71% (fechado)
*Shanghai SE (China), +0,76% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), +0,02% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), +0,48% (fechado)
Commodities e Bitcoin
*Petróleo WTI, +0,91%, a US$ 84,52 o barril
*Petróleo Brent, +0,78%, a US$ 86,2 o barril
*Bitcoin, +2,82% a US$ 62.698,95
*Sobre o minério de ferro: **O minério negociado na bolsa de Dalian teve alta de 1,7%, a 688,5 iuanes, o equivalente a US$ 107,82.
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